A coletiva
também tratou do gás natural
veicular e apresentou a nova fase do Projeto
Experimental do Uso do Gás Natural
Veicular (GNV), Zona Franca Verde. Agora,
os 246 táxis vão poder abastecer
com o gás que será trazido de
balsas da província petrolífera
de Urucu. No início do programa foram
inscritos 246 taxistas, sendo que até
então somente 90 estavam operando com
o gás natural e abastecendo no posto.
Agora todos os contemplados do programa, mais
156 carros, poderão converter seus
motores para abastecer com o gás natural
de Urucu. Atualmente, 41 taxistas, dos 156
restantes já converteram seus motores
à gás e a partir de 25 de dezembro
já poderão abastecer no posto
San Remo, da BR Distribuidora, no Distrito
Industrial de Manaus.
Para o secretário
da SDS, Virgílio Viana, só com
a construção do gasoduto será
possível ter o abastecimento regular
de gás para todos os taxistas. “Com
a chegada do gasoduto todos serão beneficiados,
taxistas, indústrias, comerciantes
e demais usuários”, disse Viana.
A utilização
do gás natural veicular, além
de economizar em combustível, também
se economiza na manutenção do
veículo por ser mais barato que os
outros combustíveis; proporciona maior
rendimento, pois com um metro cúbico
do Gás Natural é possível
rodar mais quilômetros do que com um
litro de Gasolina ou Álcool; é
um combustível seco e por isso não
dilui o óleo lubrificante no motor
do veículo. Sua queima não provoca
depósito de carbono nas partes internas
do motor, aumentando sua vida útil
e o intervalo de troca de óleo e a
queima do GNV não provoca a formação
de compostos de enxofre, diminuindo a corrosão
e conseqüentemente a freqüência
de troca do escapamento do veículo.
Especificamente no caso
de Manaus, os taxistas que atuam no Projeto
já contabilizam uma economia mensal
de R$550,00 e R$700,00. Vale salientar que,
para se viabilizar esta economia, um esforço
grande foi feito pela PETROBRAS, Governo do
Estado, CIGÁS, BR DISTRIBUIDORA e uma
série de outros parceiros.
Devido à grande complexidade
da logística necessária para
viabilizar a antecipação do
fornecimento a Manaus e também às
características especiais do Gás
de Urucu, alguns estudos, testes e análises
foram efetuados, o que dá o caráter
experimental ao projeto. Desta forma, o volume
a ser fornecido foi limitado a 90 m3 por semana,
para abastecer 300 carros.
Para que seja possível
o fornecimento do GNV em Manaus, o Gás
Natural é comprimido ainda em Urucu
e armazenado em cilindros acondicionados em
carretas próprias para este transporte.
Estas carretas são transportadas em
rodovia até o Porto para serem então
embarcadas em balsas que levam aproximadamente
seis dias para chegar em Manaus, navegando
pelo rio Urucu e Solimões. Ao chegar
em Manaus, as carretas são transportadas
até o Posto de Abastecimento, onde
o GNV é comercializado. Por fim, as
carretas vazias retornam de forma semelhante
a Urucu para serem reabastecidas (em sete
dias). Esta logística de fornecimento,
por meio de vias rodoviárias e hidroviárias
em grande distâncias e sujeita ao regime
de seca e cheia dos rios, está sendo
feita pela primeira no Brasil e é de
grande complexidade, exigindo a superação
constante de desafios.
O Gás Natural é
reconhecidamente mais seguro que os demais
combustíveis. Sendo mais leve que o
ar, em caso de vazamentos, o Gás natural
se dissipa rapidamente na atmosfera, diminuindo
o risco de explosões e incêndios.
O abastecimento do veículo
é feito sem que o produto entre em
contato com o ar, evitando-se assim a possibilidade
de combustão.
Os cilindros de GNV e demais
componentes dos kits de conversão homologados,
utilizados no veículo, são fabricados
dentro do mais absoluto rigor tecnológico
e controle de qualidade, podendo suportar
com total segurança a pressão
de abastecimento de 220 kgf/cm2 . Estes cilindros
são projetados também para resistir
a choques, colisões e altas temperaturas.
O uso do gás natural
permitirá as condições
necessárias para treinar técnicos,
estruturar oficinas mecânicas, estruturar
e capacitar os órgãos de inspeção,
monitoramento e controle, desenvolver sistemas
de logística e abastecimento, desenvolver
programas de segurança e aprimorar
tecnologias para o uso do gás.
O gás deverá
ser transportado pela PETROBRAS, em parceria
com a CIGÁS e comercializado para o
consumidor em um único posto de bandeira
BR, segundo a legislação vigente
– em Manaus este posto está localizado
na Bola da Suframa.