10/02/2006
– A Petrobras negou as acusações
feitas por entidades ambientalistas de que,
em suas explorações na América
do Sul, causaria danos ao meio-ambiente em
áreas próximas a comunidades
indígenas. As denúncias foram
feitas durante o Encontro de Articulação
Pan Amazônico, em Quito, no Equador,
e no livro "Petrobras: Integração
ou Exploração?", publicado
pelo projeto Brasil Sustentável e Democrático,
da Federação de Órgãos
para Assistência Social e Educacional
(Fase).
Em resposta por escrito
à Agência Brasil, a estatal brasileira
rebate as críticas sobre sua atuação
no Peru, na Bolívia e no Equador. Sobre
sua atuação em território
peruano, a estatal afirma que é infundada
a denúncia de que causou danos em uma
área próxima a uma reserva indígena.
Segundo sua assessoria, a empresa ainda não
iniciou a exploração na área,
que teria sido recentemente adquirida.
"Estamos atualmente
preparando-nos para o primeiro encontro com
as comunidades da área, para sermos
apresentados pela Petroperu como sócios
do estado peruano no empreendimento",
afirma a nota. A Petrobras garante que somente
após esta apresentação
serão iniciados os estudos para estabelecer
um diagnóstico ambiental e preparar
o Estudo de Impacto Ambiental (EIA).
Com relação
às atividades de exploração
e produção na Bolívia,
a Petrobras garante que as atividades exploratórias
previstas para o bloco Rio Hondo também
não foram iniciadas "por falta
de definição do governo".
A estatal brasileira estaria aguardando uma
definição sobre o monitoramento
sócio-ambiental. Mas a empresa confirma
que a área está localizada dentro
de um parque nacional e em territórios
indígenas.
Neste caso especifico, a
Petrobras sustenta que a posição
da companhia é de não efetuar
nenhuma atividade até que os problemas
internos, entre o Ministério de Hidrocarbonetos
e de Meio Ambiente, seja resolvido "em
acordo com os interesses do país".
Mas afirma que os blocos
de San Alberto e San Antônio (produtores
de gás natural), não se sobrepõem
a nenhum território indígena.
"As atividades de relacionamento com
as comunidades campesinas e indígenas
adjacentes vêm sendo conduzidas com
resultados positivos, as operações
se realizam sem problemas sociais, sem contaminações
e com grandes investimentos sociais".
A empresa afirma que implementa,
na região, um Plano de Relacionamento
Comunitário – com consulta, divulgação,
geração de empregos, construção
de obras sociais em saúde, educação
e saneamento.
No Equador, a nas regiões
onde atua, na operação dos blocos
18 e 31, a Petrobras garante terem sido realizados
convênios com as comunidades locais
para a implementação de programas
de auto-gestão comunitária e
de obras de atendimento às necessidades
básicas destas comunidades.
A estatal brasileira afirma
que mantém alianças de trabalho
e cooperação institucional com
organizações indígenas
do Equador. "O Programa de Saúde
da Petrobras foi considerado como referência
e o modelo a ser adotado deverá ser
adotado como referencia para implementação
em outras comunidades, dentro do Plano de
Vida Huaorani", afirma na nota a Petrobras.
A nota ratifica, ainda,
que o conceito de responsabilidade social
e ambiental que norteia a empresa "estende-se
a todos os países onde a empresa atua,
reafirmando o compromisso da companhia com
o Pacto Global, as Metas do Milênio
e o desenvolvimento sustentável".