10/03/2006
– As duas reuniões promovidas pelas
Nações Unidas (ONU) a partir
da próxima segunda-feira (13) em Curitiba
deverão trazer ao Brasil a maior delegação
já enviada para um evento internacional
da área de meio ambiente.
De acordo com informações
do Ministério do Meio Ambiente, 300
pessoas já confirmaram presença,
sendo 170 para a 8ª Conferência
das Partes da Convenção sobre
Diversidade Biológica (COP-8) e 130
para a 3ª Reunião das Partes do
Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança.
As reuniões oficiais
terão tradução simultânea
para as seis línguas na ONU (inglês,
espanhol, francês, árabe, chinês
e russo), além do português,
e os eventos paralelos já chegam a
275 - uma média de 27 por dia.
Está prevista a participação
de cinco mil pessoas de 187 países
e pelo menos 100 ministros de meio ambiente.
Segundo o Secretário de Biodiversidade
e Florestas, João Paulo Capobianco,
a missão do Brasil será ajudar
a colocar em prática as deliberações,
normas e orientações que foram
tomadas pela Convenção até
agora.
Além de ser o país
sede dos encontros, o Brasil assumirá
a presidência da Convenção
sobre Diversidade Biológica (CDB) pelos
próximos dois anos. A convenção
é um dos principais resultados da Conferência
das Nações Unidas para o Meio
Ambiente e o Desenvolvimento – CNUMAD (Rio
92), realizada no Rio de Janeiro, em junho
de 1992.
Trata-se de uma das mais
importantes convenções ambientais
e o principal fórum mundial na definição
do marco legal e político para temas
e questões relacionadas à biodiversidade.
Tornaram-se parte da convenção
188 países que assinaram a convenção
e já a ratificaram.
A entidade Tem definido importantes marcos
legais e políticos mundiais que orientam
a gestão da biodiversidade em todo
o mundo. Entre eles, o Protocolo de Cartagena
sobre Biossegurança que estabelece
as regras para a movimentação
transfronteiriça de organismos geneticamente
modificados (OGMs) vivos.
A convenção
também estabeleceu o Tratado Internacional
de Recursos Fitogenéticos para a Agricultura
e a Alimentação que estabelece,
no âmbito da FAO, as regras para o acesso
aos recursos genéticos vegetais e para
a repartição de benefícios.