22.03.2006 - O diretor-presidente
da Agência Nacional das Águas
(ANA), José Machado, acompanhado da
Secretária-Geral do WWF-Brasil, Denise
Hamú, e da representante dos Povos
Indígenas Elisabete Xerente, visitou
hoje a Exposição Itinerante
Água para a Vida, Água para
Todos, do WWF-Brasil, instalada na Oitava
Conferência das Partes (COP8) da Convenção
sobre Diversidade Biológica, em Curitiba.
A visita aconteceu na data em que se comemora
o Dia Mundial da Água, 22 de março.
O Brasil concentra 13,7% de toda a água
doce disponível no Planeta. É
importante lembrar que menos de 1% de toda
a água do mundo é adequada ao
consumo humano. Apesar da situação
razoavelmente confortável, o País
ainda precisa avançar na proteção
dos recursos hídricos, especialmente
nos centros urbanos.
“O Brasil deu, este ano, um passo importante
para a gestão da água: a aprovação
do Plano Nacional de Recursos Hídricos.
O importante, agora, é implementar
este plano, elaborado pelos governos, pela
sociedade civil e por usuários, e que
oferece diretrizes para a gestão dos
recursos hídricos brasileiros”, disse
Denise Hamú.
Machado destacou a difícil tarefa do
Brasil para fazer face aos problemas relacionados
aos recursos hídricos no País.
“Ainda precisamos combater a poluição,
o desperdício e a destruição
de rios e mananciais”, disse. Ele acrescentou
que o caminho é a implementação
do sistema de gerenciamento dos recursos hídricos
no País. “Precisamos implementar os
comitês de bacia, as agências
de águas, enfim, todo o sistema de
gerenciamento de recursos hídricos
brasileiros”, acrescentou.
Elisabete Xerente, educadora indígena
do Tocantins, representante dos Povos Indígenas,
disse aos alunos que visitavam a exposição
que tudo aquilo que a população
urbana faz de suas águas se reflete
nas aldeias. “Os rios são vivos e estão
doentes. Nossas crianças adoecem também”,
disse ela.
Cerca de 30 crianças participaram da
palestra e depois seguiram para o espaço
aldeia da COP8, onde conversaram com outras
lideranças indígenas.