20.03.2006 - A rede WWF,
presente ao Fórum Mundial da Água,
na cidade do México, em nota à
imprensa no dia 16, criticou duramente proposta
de declaração do Fórum.
Segundo a organização, a primeira
versão do documento "não
acrescenta nada de novo". A organização
declarou-se preocupada com o fato de que,
uma semana após o aviso da ONU de que
os principais rios estão morrendo e
ameaçam a segurança hídrica,
o Fórum ainda não conseguiu
colocar esta discussão no centro da
agenda. A rede WWF conclamou ministros que
estejam vindo à Cidade do México
a ratificar e iniciarem a implementação
da Convenção sobre Cursos D'Água
de 1997, estabelecendo padrões mínimos
para o manejo eqüitativo e sustentavel
de 263 rios transfronteiriços em todo
o mundo.
"Se a Declaração que vimos
for a final, não tenho outra coisa
a imaginar senão porquê cerca
de 120 ministros estão se dando ao
trabalho de vir para a Cidade do México.
O Fórum conclama à ação
local, o que é importante, mas governos
que não estão cumprindo seu
papel não podem despejar esta responsabilidade
sobre comunidades locais", disse Jammie
Pittock, diretor do Programa Global de Água
Doce da rede WWF.
O coordenador do Programa Água para
a Vida, do WWF-Brasil, Samuel Barreto, destacou
que o país já dispõe
de um Plano Nacional de Recursos Hídricos,
instrumento que ele qualifica como essencial
para reverter o cenário brasileiro.
"O desafio global e local para a recuperação
e conservação da água,
assim como a garantia do acesso universal
a esse recurso indispensável para a
vida, é um enorme desafio. No Brasil
são mais de 40 milhões de pessoas
que não têm acesso à água
de boa qualidade e os rios estão sendo
rapidamente degradados, alerta Samuel Barreto.
"O Plano estabelece programas e recursos
para mudarmos este quadro, que é preocupante
também no Brasil", disse Samuel.