12/06/2007 - O diretor-geral
do Serviço Florestal Brasileiro, Tasso
Azevedo, participa em Gana, país da
África Ocidental, de um encontro para
trocar experiências sobre gestão
de áreas florestais com lideranças
daquele país. A visita acontece no
âmbito de um programa de cooperação
internacional chamado Fortalecendo as Vozes
dos Grupos de Interesse para Melhores Escolhas
- de iniciativa da União Internacional
para Conservação da Natureza
(IUCN) -, que integra governo, empresários
e sociedade civil no esforço de aumentar
a transparência na gestão florestal
e a redução das atividades ilegais.
O projeto é desenvolvido,
além de Gana, na Tailândia, Vietnã,
Congo e Sirilanka. Depois do encontro na África,
Azevedo vai à Suíça,
para se reunir com o comitê revisor
do Projeto. "A visita à Gana é
importante para conhecermos o sistema de controle
de concessões e licenças florestais
que está sendo implantado naquele país,
onde há grandes problemas de exploração
ilegal", afirma Azevedo. Segundo ele,
por parte de Gana, também há
interesse em conhecer o sistema de monitoramento
da exploração florestal e do
desmatamento desenvolvido no Brasil.
República de Gana
- Localizada na África Ocidental, Gana
tem, na região sul do território,
uma densa área de floresta tropical
com longo histórico de exploração
madeireira. Atualmente, a atividade compõe
cerca de 6% do PIB - boa parte exportada para
países de União Européia.
Fonte: SFB
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Portal e biblioteca defenderão
gestão do conhecimento no MMA
12/06/2007 - Rubens Júnior
- O Ministério do Meio Ambiente está
trabalhando para incorporar entre seus gestores
e técnicos o moderno conceito de "gestão
do conhecimento". Por meio do Programa
Piloto para Proteção das Florestas
Tropicais do Brasil (PPG-7), o MMA planeja
inaugurar um portal e uma biblioteca digital
sobre o tema. O desejo é de que as
duas ferramentas operem como aliados dos servidores,
buscando dinamizar e racionalizar sua atuação
e suas decisões. "A gestão
adequada do conhecimento acumulado permite
acabar com o 'achismo', criando um ambiente
seguro para a tomada de posições
- posições estas ancoradas em
fatos, na experiência, em resultados
concretos", diz o consultor Benedito
Domingues do Amaral. Segundo ele, as ferramentas,
se bem aproveitadas, assegurarão ao
poder público economia de tempo e dinheiro.
E dará rapidez à implementação
de políticas públicas.
Plataforma virtual em tecnologia
de informação (TI), o portal
abrigará um grande volume de informações
de sites corporativos privados e públicos
consideradas úteis ao fortalecimento
da gestão do conhecimento no âmbito
do PPG-7 e do MMA. Os benefícios serão
positivos, inclusive à transição
do Programa Piloto, que, após doze
anos de existência, será substituído
pelo Programa Amazônia, cujo surgimento,
segundo a coordenadora do PPG-7, Nazaré
Lima Soares, "permitirá dar escala
aos projetos e subprogramas desenvolvidos
até aqui pelo PPG-7, em novo arranjo
institucional".
O portal terá outra
função importante: criar as
condições práticas para
formar a Rede Estratégica de Gestão
do Conhecimento Amazônico (REGCA) ,
diz Benedito. De acordo com Benedito, a REGCA
possibilitará maior fluxo de informações
já prospectadas, inclusive em relação
à estrutura do futuro Programa Amazônia.
O portal propiciará ainda a interação
com o Sistema de Bases de Dados Compartilhadas
da Amazônia (BCDAM), administrado pelo
PPG-7. "Neste espaço, além
de encontrar informações e ferramentas
importantes à gestão, os participantes
poderão buscar articulações
com outros segmentos dos setores público
e privado. Nesse sentido, aliás, o
setor privado terá muito a contribuir,
já que nos últimos 15 anos acumulou
muita informação e aprendeu
a lidar com as tecnologias na área",
diz Benedito.
Neste momento, diz o consultor,
o PPG-7/MMA está debatendo a questão
com a Coordenação Geral de Tecnologia
da Informação (CGTI/MMA), com
a Rede Ipê, a Diretoria de Educação
Ambiental do MMA, e buscando informações
sobre o funcionamento das redes de alta performance,
da internet 2, dentre outras.
Biblioteca - O Programa
Piloto estima que a Biblioteca Digital ficará
pronta nos próximos 20 dias e deverá
ser incorporada ao portal. Ela conterá
artigos de profissionais da área de
Gestão do Conhecimento que possam ser
utilizados como base para futuros estudos
e para o aprofundamento do debate de questões
pelos quadros técnicos estratégicos
e operacionais dos projetos e subprograma
do PPG-7. Além da gestão do
conhecimento propriamente dita, os textos
abordarão temas como Planejamento estratégico,
Padronização de procedimentos,
Capital humano intelectual, Ambiente de inovação
e Aprendizagem contínua. Os textos
serão coletados de fontes qualificadas
da internet e do portal da Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (Capes).
O material terá "arquitetura"
amigável, fácil de pesquisar,
e será condensado em arquivo eletrônico,
para que possa ser distribuído pelo
correio eletrônico ou gravado em CD.
"O conceito de gestão do conhecimento,
muito forte na iniciativa privada, precisa
ser incorporado pelo poder público,
que tem na informação de qualidade
ferramenta essencial ao seu bom desempenho",
diz o consultor Benedito.
Alguns textos já
selecionados pertencem a autores de renome
no setor. Segundo Benedito, contribuirão
para a biblioteca pessoas como Vicente Falcone,
do Instituto de Desenvolvimento Gerencial
(INDG), Cláudio José Terra,
da ONG Terraforum, ambos com grande experiência
na gestão de conhecimento na iniciativa
privada e com ações na área
desenvolvidas junto ao Ministério do
Desenvolvimento Social. Colaborarão
também Antônio Raimundo Santos,
especialista da Pontifícia Universidade
Católica (PUC) do Paraná, e
Espartaco Madureira Coelho, do Ministério
da Educação. "Tradicionalmente,
processos de mudança no ambiente público
são mais lentos e enfrentam resistências.
Mas há ilhas de excelência na
área, mesmo na administração
do Estado. É o caso do Serviço
Federal de Processamento de Dados (Serpro),
que está investindo nessa linha",
diz Benedito. Trata-se de uma questão,
dentre tantas outras, que poderá ser
pesquisada na biblioteca.
"Na prática,
a chamada Gestão do Conhecimento, um
conceito que surgiu junto com a evolução
das tecnologias de informação,
resume-se à adoção de
um conjunto de procedimentos por parte de
uma organização buscando criar
estímulos para a disseminação
e a utilização do conhecimento
com vistas a cumprir sua missão, melhorar
o processo produtivo ou, até, vender
conhecimento a terceiros", diz Benedito.
"Se no passado era difícil a uma
organização armazenar informação,
atualmente há capacidade de executar
todos os processos, monitorar, coletar dados.
Hoje há bancos de dados fantásticos
e, muitas vezes, as organizações
públicas e privadas não sabem
o que fazer com eles, como extrair benefícios
da informação acumulada",
finaliza o consultor.