26 de Junho de 2007 - Yara
Aquino - Repórter da Agência
Brasil - Brasília - O presidente Luiz
Inácio Lula da Silva defendeu hoje
(26) a criação de um Programa
de Aceleração do Crescimento
(PAC) especial para programas da Fundação
Nacional de Saúde (Funasa). Segundo
ele será uma extensão do PAC
nas áreas de saneamento e habitação
para levar esgoto e água tratada aos
índios e quilombolas. "Desses
R$ 4 bilhões nós estamos assumindo
o compromisso de levar esgotamento sanitária
e água potável a 90% das comunidades
indígenas e à metade da população
quilombola do país”, explicou, ao discursar
em cerimônia de renovação
do Pacto Nacional Um Mundo para a Criança
e o Adolescente do Semi-Árido.
Segundo Lula essa extensão
do PAC começa a ser anunciada hoje
à tarde, em São Paulo, durante
a cerimônia de lançamento do
PAC nas áreas de saneamento e habitação.
"Apresentaram-me na sexta-feira o PAC
da Funasa, na verdade é uma extensão
do PAC que nós começamos a anunciar
hoje no estado de São Paulo, amanhã
em Minas, segunda-feira no Rio, depois na
Bahia, Ceará, Pernambuco e depois nos
outros estados brasileiros".
+ Mais
Preservação
e promoção da cultura indígena
é prioridade para o governo mexicano
29 de Junho de 2007 - Isabela
Vieira - Repórter da Agência
Brasil - Brasília - Para preservar
e promover a diversidade cultural do país,
o governo do México tem se preocupado
com as tradições indígenas,
segunda a secretária executiva do Conselho
Nacional para Cultura e Artes do México
- órgão semelhante ao Ministério
da Cultura do Brasil - Gabriela Cornejo. A
idéia é “realizar ações
de melhoria dos espaços culturais indígenas
para preservá-los sem modificá-los”,
informou. Ela participa do Seminário
Internacional sobre Diversidade Cultural.
Uma das preocupações
do governo mexicano são os mais de
60 idiomas falados por 10% da população
que é indígena. Em entrevista
à Agência Brasil, Cornejo destacou
programas como a publicação
de livros em línguas indígenas,
prêmios para incentivar a divulgação
da literatura e a publicação
de revistas científicas elaboradas
por jornalistas, antropólogos e sociólogos.
De acordo com a secretária, o governo
mexicano quer ampliar as ações
voltadas às comunidades indígenas
e remanescentes.
Para a promoção
da diversidade cultural, enfatizou, o México
aplica ações em que o governo
federal, em parceria com os governos estaduais,
financiam atividades culturais em diversos
pontos do país. Ela destacou que, nos
últimos anos, um programa financiou
grupos de teatro na Ciudad Juárez,
que fica perto de El Paso, na fronteira com
os Estados Unidos. Os grupos se apresentavam
de maneira improvisada em bares, restaurantes
e praças públicas da cidade
e tinham como objetivo combater a violência
contras mulheres.
“O programa apresentou um
ótimo resultado e foi um dos meios
responsáveis pela redução
dos casos de violência”. Segundo a Organização
do Estados Americanos (OEA), mais de 250 mulheres
morreram na cidade entre os anos de 1993 e
2002 vítimas de violência sexual,
doméstica e discriminação.
Segundo Cornejo, as políticas
do Conselho para Cultura e Artes alcança
todo o México e nem Chiapas (província
mexicana que não reconhece o governo
oficial) apresenta resistência. “Lá,
protegemos as zonas arqueológicas por
meio do Instituto Nacional de Antropologia
e História”.
Em relação
à proximidade com os Estados Unidos,
Cornejo afirma que o México tem tradições
culturais “muito fortes”, o que evita uma
absorção de outras culturas.
“Isso é muito significativo, porque
mesmo com a fronteira com os Estados Unidos,
não consumimos a cultura norte-americana”,
disse. “Temos, por exemplo, a nossa festa
dos mortos (Dia de Finados no Brasil) e não
comemoramos o Halloween (festa de dia das
bruxas nos EUA).
Mesmo assim, lembra,
o México obriga as salas de cinemas
do país a exibirem em mesma proporção
filmes nacionais e estrangeiros. Além
disso, uma parte da bilheteria das películas
internacionais são destinadas ao Fundo
de Apoio ao Cinema Mexicano.