03/10/2007 - A Coordenadoria
de Planejamento Ambiental – CPLA, da Secretaria
do Meio Ambiente (SMA), promoveu nesta terça-feira
(02/10) o ciclo de debates sobre a construção
civil sustentável, com o tema “Projeto
e Desempenho: Conforto Ambiental em Edificações”.
O evento, que reuniu especialistas de diversas
áreas, foi realizado no Anfiteatro
Augusto Ruschi, na sede da Secretaria de
Meio Ambiente, em São Paulo.
Para o secretário
do Meio Ambiente, Xico Graziano, que abriu
o encontro, a estratégia de efetivar
as ações por meio da assinatura
de protocolos de conduta ambiental, como vem
sendo adotado em várias frentes na
SMA, vem surtindo mais efeito do que mudar
a lei. “Vamos acertar com o setor, propondo
uma agenda ambiental e trabalhar para defini-la
e acelerá-la”, afirmou.
Durante a abertura também,
Tércio Carvalho, coordenador da CPLA,
lembrou que “o objetivo do ciclo de debates
sobre a construção civil sustentável
é motivar o setor privado a mudar suas
atitudes e se adequar às questões
ambientais”. O evento foi dividido em quatro
painéis, denominados “Análise
de sustentabilidade na construção
civil”, “Eficiência energética
em edificações e Uso racional
de água em edificações”
e “Desenvolvimento racional de fachadas”.
O painel I contou com as
apresentações “Avaliação
da sustentabilidade de edificações:
o que realmente importa?”, por Vanessa Gomes
da Silva, da Faculdade de Engenharia Civil,
Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual
de Campinas – FEC/UNICAMP, “Avaliação
do desempenho ambiental de edifício
– Método IPT”, de Fulvio Vittorino,
do Instituto de Pesquisas Tecnológicas
do Estado de São Paulo – IPT e “Casos
práticos de sustentabilidade na construção
civil”, de Saulo Rosendo, do Centro de Tecnologia
de Edificações – CTE.
Já o painel II contou
com as apresentações “Políticas
públicas para eficiência energética
no setor residencial”, de Conrado Augustus
de Melo, da Faculdade de Engenharia Mecânica
da Universidade Estadual de Campinas – FEM/UNICAMP,
e “Eficiência energética em edificações”,
de Enedir Ghisi, da Universidade Federal de
Santa Catarina – UFSC.
Para Saulo Rosendo, “a construção
civil tem que atender os parâmetros
sociais e ambientais, encontrando o lucro
econômico. Isso é alcançar
a sustentabilidade”. Já, segundo Conrado
de Melo, é preciso rever a atual política
de expansão do setor elétrico
e adotar uma política pública
de eficiência energética. E conforme
Enedir Ghisi, as edificações
consomem 44% da energia produzida no país,
sendo 22% dos empreendimentos residenciais,
14% comerciais e 8% de estabelecimentos públicos.
À tarde, aconteceram
os painéis III e IV. O painel III teve
início com as palestras “A gestão
da água em edifícios mais sustentáveis”,
de Lúcia Helena de Oliveira, da Escola
Politécnica da Universidade de São
Paulo – Poli/USP, “Aproveitamento de água
de chuva em edificações”, de
Plínio Tomaz, do Conselho Regional
de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de
São Paulo – CREA/SP e “A conservação
da água no contexto dos sistemas de
avaliação da sustentabilidade
de edifícios”, de Marina Sangoi de
Oliveira Ilha, da FEC/UNICAMP.
O painel IV contou com as
apresentações “Simulação
do desempenho térmico e nergético
de edificações”, de Fernando
Simon Westphal, do CTE, “Fachadas para um
alto desempenho ambiental: contexto de projeto,
conceito e aplicações”, de Mônica
Pereira Marcondes, da Faculdade de Arquitetura
e Urbanismo da Universidade de São
Paulo – FAU/USP e “Desenvolvimento racional
de fachadas”, de Racine Tadeu Araújo,
da Poli/USP.
Em meio aos debates, Fernando
Simon enfatizou que a simulação
do desempenho técnico é uma
tarefa multidisciplinar que busca, entre outros
fatores, o melhor projeto arquitetônico.
Para Mônica Marcondes, a solução
ideal para fachadas não existe e a
solução mais adequada vai depender
das carcaterísticas do empreendimento,
como localidade e uso.
O ciclo de debates sobre
construção civil sustentável
terá continuidade nos próximos
dias 15/10 e 05/11, onde serão abordados,
respectivamente, os temas “insumos e resíduos”
e “desenvolvimento urbano e certificação”.
As inscrições podem ser feitas
pelos telefones (11) 3133-3378 ou 3133-3379.
Para mais informações, enviar
um e-mail para: planejamento@ambiente.sp.gov.br
Texto: Valéria Duarte