18 Oct 2007 - Treze ONGs
ambientalistas, entre as quais o WWF-Brasil,
divulgaram, agora à tarde, nota conjunta
em que apontam diversos riscos à conservação
de recursos naturais brasileiros incluídos
no Projeto de Lei 6.424, de 2005. o Projeto
tramita na Comissão de Meio Ambiente
e Desenvolvimento Sustentável,
altera o Código Florestal Brasileiro,
permitindo, entre outras coisas, que parte
da recuperação obrigatória
de Reservas Legais irregularmente desmatadas
seja feita com plantas exóticas aos
biomas e, em especial com palmeiras como o
dendê, que serve à produção
de biodiesel.
O projeto seria votado ontem
(17/10), mas sua apreciação
foi adiada por quinze dias, em razão
das pressões exercidas pelas organizações
ambientalistas.
Para superintendente de
Conservação e Programas Temáticos
do WWF-Brasil, Carlos Alberto Scaramuzza,
um dos maiores problemas do texto em pauta
é que ele permite uma redução
significativa da área de reserva legal
brasileira sem embasamento e debate técnico-científico.
“Seria necessária uma ampla discussão
para definir critérios objetivos para
justificar alterações no Código
Florestal Brasileiro”, disse Scaramuzza. Veja
íntegra da nota no link à direita.
Nota do editor:
1. O atual código florestal Brasileiro
estabelece a necessidade de que cada propriedade
rural tenha uma área mínima
de florestas e outros ecossistemas naturais
conservados. Essa área mínima
é a soma das áreas de preservação
permanente (como topos de montanha, margens
dos rios, lagos e outros cursos d’água)
e a área chamada Reserva Legal. A função
da Reserva Legal é de manter dentro
de cada propriedade, uma percentagem mínima
de vegetação nativa, que cumpre
uma importante função ecológica
como habitat para a biodiversidade e fornece
diversos serviços ambientais como o
estoque de produtos florestais, controle de
pragas e incêndios, melhoria da produção
de água; na proteção
do solo e corpos d’água evitando erosão
e assoreamento; e captação de
carbono da atmosfera.
2. A legislação
brasileira estabelece que a área de
reserva legal deva ser de 80% na Amazônia
Legal, 35% na região de cerrado que
esteja nos estados da Amazônia Legal
e 20% nas demais regiões do país.
+ Mais
Reserva Particular do Patrimônio
Natural recebe prêmio
14 Oct 2007 - O Recanto
Ecológico Rio da Prata, localizado
em Jardim, Mato Grosso do Sul, recebeu no
dia 8 de outubro de 2007, no Citibank Hall,
em São Paulo o primeiro lugar como
a “Melhor Atração do Guia Brasil
2008”.
O concurso foi promovido
pelo Guia Quatro Rodas, da Editora Abril,
que durante dois meses realizou uma enquete
pelo site Viajeaqui onde listou os melhores
hotéis, restaurantes, atrações
e curiosidades do ano.
O Rio da Prata está
localizado no entorno do Pantanal e preserva
um dos grandes mananciais de belezas cênicas
no Brasil: o rio da Prata. Com objetivo de
proteger este importante afluente foi criada
em abril de 1999, a Reserva Particular do
Patrimônio Natural (RPPN) Cabeceira
do Prata onde são desenvolvidas as
atividades de ecoturismo, pesquisa cientifica
e conservação.
As trilhas levam os turistas
para o passeio da flutuação,
o principal atrativo da RPPN. Durante as caminhadas
pela trilha, são observados bandos
de queixadas, macacos pregos, grupos de sagüis
e pássaros. A vegetação
é típica do Cerrado, mesclando
espécies de flora da Mata Atlântica
(bromélias e orquídeas), ipês
e aroeiras, entre outras.
A decisão de proteger
os recursos naturais e paisagem parte da vontade
do proprietário que por meio da dedicação,
empenho e convicção trabalha
na tentativa de ajudar a garantir a qualidade
de vida desta e das futuras gerações.
Eduardo Folley Coelho, proprietário
da reserva, afirma: “Conservar os recursos
naturais vale a pena. Todos nós estamos
muito felizes com a premiação,
pois demonstra que a sociedade reconhece o
trabalho que realizamos em prol dos recursos
naturais”.
A RPPN Cabeceira do Prata
participa como sócia da Associação
de Proprietários de RPPN do MS (REPAMS).
No ano de 2005, por meio do Projeto Programa
de Incentivo às RPPNs do Pantanal,
uma parceira REPAMS e CI-Brasil, a reserva
foi contemplada com recursos para realização
do seu primeiro Plano de Manejo, estudo que
consiste em levantamento de fauna, flora,
uso turístico da área, entre
outros levantamentos, com objetivo de auxiliar
o proprietário nas tomadas de decisões
sobre o uso dos recursos naturais da reserva.
O estudo foi concluído em dezembro
de 2006.