15/10/2007 - O wokshop internacional
“Gerenciamento de Resíduos Sólidos
– Uma Visão de Futuro” está
reunindo, hoje (15/10) e amanhã, autoridades
e especialistas da Secretaria do Meio Ambiente
(SMA), Prefeitura de São Paulo e Estado
da Baviera (Alemanha), para
avaliar os resultados da 2ª fase do projeto
de cooperação técnica
entre o Governo do Estado e da Baviera sobre
resíduos sólidos.
Em dezembro de 2004. o Estado
de São Paulo, por intermédio
da SMA, e o Estado Livre da Baviera, por intermédio
de sua Secretaria de Estado do Meio Ambiente,
Saúde Pública e Defesa do Consumidor,
assinaram o projeto de cooperação,
com o principal objetivo de avaliar alternativas
para o gerenciamento de resíduos sólidos
municipais, principalmente em regiões
metropolitanas. Em sua 1ª fase, o Projeto
constituiu-se em importante fórum de
intercâmbio de informações
entre técnicos brasileiros e alemães,
sobre as várias ferramentas que compõem
o sistema de gerenciamento de resíduos
sólidos naquele país.
A cerimônia de abertura
do evento de hoje, na sede da Secretaria,
em São Paulo, contou com as presenças
do secretário-adjunto da SMA, Pedro
Ubiratan; do presidente da CETESB, Fernando
Rei; do coordenador do projeto pelo lado alemão,
Wolfgang Scholz; do coordenador de Projetos
da Prefeitura, Edsom Ortega Marques; do diretor
de Geração da EMAE, Antonio
Bolognesi; do diretor da SABESP, Marcelo de
Freitas; e do representante da FIESP, Raul
Lerario; além da coordenadora geral
do Projeto e assessora de Projetos Especiais
da SMA, Fernanda Bandeira de Mello.
Pedro Ubiratan alertou para
o fato de haver muitas iniciativas e poucas
determinações: “Precisamos viabilizar
os Projetos Ambientais Estratégicos
e o 'Lixo Mínimo' é um deles,
no âmbito do qual temos que concentrar
esforços efetivos e dar solução
ambiental sustentável aos resíduos.
Neste âmbito, ele lembrou que está
prestes a ocorrer a regulamentação
da Lei de Política Estadual de Resíduos
Sólidos, recordando que só a
cidade de São Paulo produz 15 mil toneladas
por dia de lixo. “Se o consumidor não
lembrar que tem que fazer a sua parte, não
haverá aterro que seja suficiente”,
ressaltou, enfatizando a necessidade de se
minimizar a geração de resíduos.
Para Fernando Rei, em vista
da inadequação do tratamento
e destinação final dos resíduos
ainda observada em municípios do estado,
“é importante avançarmos para
outras soluções, com gestão
integrada e multifocal, de acordo com a realidade
das prefeituras”.
Durante os dois dias do
seminário, as prefeituras signatárias
da 2ª fase do projeto - São Bernardo
do Campo, Santos, Embu das Artes e Barueri
– estão apresentando o estágio
em que se encontram com relação
à escolha de áreas, estudo de
viabilidade, caracterização
de resíduos e arranjos institucionais,
visando a implantação de usinas
de recuperação de energia (UREs),
cabendo ao representante da FIESP expor as
condições técnico-econômicas
para a implantação das mesmas.
Os técnicos da SMA
e CETESB, bem como os especialistas alemães,
mostram questões relevantes de licenciamento
e controle das emissões, assim como
dados básicos sobre a implementação
e operação das UREs na Alemanha.
Nesta terça-feira,
no segundo dia do workshop, representantes
técnicos da EMAE apresentarão
uma proposta que está sendo estudada
para a implantação de URE no
município de São Paulo, cabendo
à SABESP abordar a questão dos
lodos das Estações de Tratamentos
de Esgotos (ETEs), na Região Metropolitana
de São Paulo. Outros palestrantes falarão
sobre a visão de engenharia, projeto
e características técnicas das
plantas de URE e a experiência do projeto
de Conversão de Lixo em Energia no
Recife.
Ao término
dos trabalhos, os especialistas alemães
e os representantes da Coordenação
Geral do Projeto farão uma avaliação
crítica da 2ª fase do Projeto
e os próximos passos a serem seguidos.
A previsão de término do projeto
de cooperação técnica
com a Baviera é para dezembro deste
ano.
Texto: Rosely Martin
Foto: Zé Jorge