(14/11/2007)
A sustentabilidade ambiental e o futuro do
planeta estão na ordem do dia. Mas
como tornar esta questão vital uma
opção viável economicamente
e fazer com que ela se desdobre em políticas
públicas e ações de empresas
preocupadas com a responsabilidade social?
Algumas dessas respostas estão em Fitorremediação
– O Uso de Plantas no Controle da Poluição,
de Silvio Taveres, pesquisador da Embrapa
Solos (Rio de Janeiro-RJ), Cláudio
Fernando Mahler diretor da Fundação
Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa
do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) e Julio
César da Matta (Petrobras Distribuidora).
A obra editada pela Oficina
de Textos trata da fitorremediação,
uma tecnologia emergente que usa plantas e
seus microrganismos associados para regenerar
solo, água ou ar contaminados.
A técnica aplica-se
no tratamento de áreas extensas afetadas
por largo espectro de poluentes orgânicos
e inorgânicos. Algumas das vantagens
estão no baixíssimo custo e
no aporte econômico resultante da produção
de madeira, forrageiras ou de outros produtos
vegetais que, ao mesmo tempo que promovem
a descontaminação, agregam valor
por portar estas mesmas substâncias,
que futuramente podem ser reaplicadas em outros
setores produtivos. De forma didática,
o livro apresenta uma introdução
ao tema com definições, conceitos
e princípios dos mecanismos técnicos
mais usados. Na segunda parte, a publicação
reúne estudos de casos que mostram
as principais experiências no país
e no exterior. São tratados ainda os
12 pesticidas banidos dentro e fora do Brasil,
que ainda constituem passivos ambientais.
“O foco principal da fitorremediação
é retirar ou imobilizar poluentes reduzindo
danos ao ambiente”, completa Silvio Tavares,
pesquisador da Embrapa Solos.
A tecnologia pode remediar vários contaminantes,
como sais, metais, pesticidas e hidrocarbonetos
de petróleo, às vezes, simultaneamente.
O lançamento de Fitorremediação:
o Uso de Plantas no Controle da Poluição
será no dia 30 de novembro, às
18h, na livraria do Museu da República
(Rua do Catete, 153, Catete), durante a Primavera
dos Livros, no Rio de Janeiro. Na ocasião,
os autores darão uma palestra sobre
fitorremediação.
Filgueiras (FAPERJ)
Carlos Dias
+ Mais
Revitalização
de afluentes do rio das Velhas terá
a participação da Embrapa
(14/11/2007) Um projeto
de revitalização dos córregos
Pau-de-Cheiro e Funil, da cidade mineira de
Funilândia, cujas sub-bacias são
conhecidas como Lagoa de Fora – mesmo nome
do projeto – terá a participação
da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG)
como instituição coordenadora
de projetos de recuperação de
matas ciliares, de proteção
de nascentes e de construção
de bacias de contenção de água
de chuvas para evitar a erosão.
Os dois córregos
são afluentes do rio das Velhas, na
região Central de Minas, por sua vez
maior afluente em extensão da bacia
do São Francisco, e sofrem os efeitos
de uma ocupação desordenada
ao longo de suas margens.
O projeto, apresentado pela Prefeitura Municipal
de Funilândia-MG e Emater-MG (Empresa
de Assistência Técnica e Extensão
Rural do Estado de Minas Gerais), foi encaminhado
ao Ministério do Meio Ambiente e aguarda
ainda este ano a liberação de
recursos previstos pelo PAC (Programa de Aceleração
do Crescimento) do Governo Federal na ordem
de R$ 1,45 milhão para serem utilizados
em dois anos.
Estão previstos a
recuperação de 27 hectares de
área degradada, a construção
de 1000 bacias de captação de
águas de chuvas, a proteção
de 31 nascentes, a proteção
e recomposição de 28 quilômetros
de matas ciliares e o plantio de três
mil mudas de espécies nativas no entorno
das sub-bacias.
Segundo o pesquisador Ricardo Augusto Lopes
Brito, responsável pela redação
da proposta da Embrapa Milho e Sorgo, foi
realizado um diagnóstico inicial e
elaborada uma proposta para a revitalização
das sub-bacias. “Há trechos sem a proteção
de matas ciliares e diversas nascentes também
estão desprotegidas”, explica o pesquisador.
Os objetivos propostos pelos componentes do
projeto, além de recuperar, proteger
e manter de maneira sustentável os
recursos naturais, são a geração
de alternativas de renda para as comunidades,
a diminuição de riscos de secas
e inundações e a utilização
de tecnologias adequadas para o saneamento
básico por meio da mobilização
social.
Integram também o projeto o IEF (Instituto
Estadual de Florestas), o Codema (Conselho
de Defesa do Meio Ambiente), a Câmara
Municipal de Funilândia, a Cemig (Companhia
Energética de Minas Gerais) e a Copasa
(Companhia de Saneamento de Minas Gerais).
Mais informações podem ser obtidas
junto à Área de Comunicação
Empresarial da Embrapa Milho e Sorgo, Unidade
da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária,
vinculada ao Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa): (31)
3779-1123, (31) 3779-1172, gfviana@cnpms.embrapa.br
ou clenio@cnpms.embrapa.br .
Guilherme Ferreira Viana