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PARCERIA ENTRE IBAMA/SP E CETAS ENCONTRA BOA
ALTERNATIVA PARA RECUPERAÇÃO DE ANIMAIS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2008

o Paulo (16/01/08) - Um dos principais pilares do meio ambiente é a preservação da nossa fauna silvestre. Para o Ibama SP, o controle e a reintrodução das espécies à natureza tem sido a tarefa mais constante na busca pelo equilíbrio faunístico em seu habitat natural. Devido à complexidade do trabalho de fiscalizar os infratores e de conceder o destino correto aos animais resgatados, o Ibama SP conta com o auxílio de uma importante parceria para o controle dos crimes praticados contra os bichos: os Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas).

O estado paulista é o que possui o maior número de Cetas em todo o Brasil. São 6 Centros de Triagem que recebem por ano mais de mil animais apreendidos pelo Ibama SP, de acordo com os dados fornecidos pela Divisão de Controle e Fiscalização. Os Cetas trabalham com técnicos ambientais capacitados a tratarem das deficiências dos animais para que possam ser reconduzidos de volta ao seu meio ambiente. São aptos a receberem espécies de aves, quelônios, répteis e mamíferos. O Ibama SP tem, cada vez mais, buscado alternativas para aumentar a quantidade de Centros de Triagem no estado. Já existem mais quatro projetos de Cetas em análise e que, em breve, poderão contribuir com o recebimento e tratamento das mais diversas espécies da fauna.

Um bom exemplo do sucesso que representa a parceria Ibama-Cetas é o Depave (Departamento de Parques e Áreas Verdes de São Paulo), que criou a Divisão Técnica de Medicina Veterinária e Biologia da Fauna, localizada no interior do Parque do Ibirapuera em São Paulo. Criado em 1991, pela prefeitura do município, o Cetas do Depave recebe cerca de 2300 animais silvestres por ano, provenientes não só dos resgates do Ibama, mas também da Polícia Militar Ambiental, Corpo de Bombeiros e Centro de Controle de Zoonoses. Além de contar com uma equipe com mais de 50 profissionais entre biólogos, médicos veterinários, tratadores, vigias e estagiários, o Depave possui uma estrutura que atende às exigências do Ibama: ambulatórios, banheiros, biotério, corredores de vôo, viveiros, diversos recintos com tanques, depósitos e salas para cirurgia.

A importância dos Cetas no estado de São Paulo aumenta à medida que as pessoas buscam cada vez mais pelos animais retirados da selva. Todo cidadão deve saber que ao adquirir uma espécie silvestre sem origem (sem anilha ou microship, nota fiscal da compra do bicho e registro do Ibama) está colaborando com a proliferação do tráfico no Brasil. Isto corrobora crime ambiental e, se for pego pelo Ibama ou por quaisquer outros órgãos fiscalizadores do estado em que vive, pode ser punido conforme estabelece o Decreto nº 3.179/99 (artigo 16). Segundo a analista ambiental do Ibama SP, Jury Seino, as pessoas têm que aprender a cultuar os bichos da selva sem aprisioná-los às gaiolas. “Ao invés de comprar um animal silvestre e deixá-lo preso a um lugar estranho no qual ele não é acostumado, porque não apreciá-lo em seu lar, que é a natureza? Seria muito significativo para o equilíbrio da fauna se as pessoas passassem a tratar apenas os cachorros e gatos como bichos domésticos e deixassem os silvestres viverem em seu ambiente natural”, afirma ela.

Doação de animais

O Ibama SP conta com a ajuda da população no controle e conservação de aves, mamíferos, quelônios, répteis e outras classes da fauna brasileira. Todavia, não é fácil fazer com que as pessoas deixem de lado sua paixão e afago pelos bichos. Muitos dos cidadãos que adquirem um papagaio, por exemplo, não agem de má fé e desejam cuidar da melhor forma possível da ave. No entanto, não sabem que mesmo com a melhor das intenções, acabam prejudicando a formação e desenvolvimento do indivíduo. Todo animal sofre com estresse por viver fora de seu ambiente natural. A participação do cidadão para doar ou denunciar a existência de animais ilegais em residências ou estabelecimentos comerciais é imprescindível.

Segundo dados do Núcleo de Fauna e Recursos Pesqueiros do Ibama SP, foram doados, nos últimos 2 anos, mais de 400 animais na sede do Instituto em São Paulo. O relatório anual elaborado pelo Núcleo de Fauna ainda constata que mais de 170 espécies de aves foram entregues naturalmente pelas pessoas, nesse mesmo período. Esses números podem aumentar caso a população siga os exemplos de Eliane Serafim Garcia e Lúcia Maria Rocco Palhares Ferreira. Ambas possuíam um papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva). Ambas cuidaram das aves por cinco anos. E ambas resolveram doar os bichos depois de notarem os males a que estavam expostos.

O caso de Eliane foi mais agudo. Os filhos, como não poderia ser diferente, identificaram-se com o papagaio. O bicho vivia solto pela casa, mas a situação ficou insustentável depois da mudança para um apartamento. “Senti muita falta dele. Às vezes, aqui no condomínio onde vivo ouço alguns barulhos de aves voando pelos jardins, me faz lembrar dele. Mas, no fundo, sei que foi o melhor a fazer. Não há condições de um papagaio viver em um apartamento”, aprova Eliane.

Aluna do curso de Gestão Ambiental, Lúcia Maria descobriu em uma palestra realizada pela analista do Ibama SP Jury Seino, o destino que mudaria o rumo de seu papagaio. “Eu já pensava em uma forma de dar uma vida melhor ao bicho; apesar de viver em uma gaiola aberta ele sentia a falta de espaço do apartamento em que vivo”, diz ela. No entanto, a falta de informações e de segurança quanto aos cuidados que o animal receberia em outro lugar fez com que Lúcia o mantivesse consigo. Até assistir ao depoimento da bióloga Jury. “Quando vi a palestra decidi dar uma oportunidade ao papagaio. Vi que era a melhor coisa a fazer. E doei ao Ibama. Ainda sinto sua falta, foram cinco anos de convivência, mas sei que fiz o melhor para que ele viva bem e da forma correta”, acredita Lúcia.

Tanto o papagaio de Eliane quanto o de Lúcia foram conduzidos para o Cetas do Depave. Lá, recebem o tratamento adequado para que possam, em breve, voltar à natureza.

Colabore com o Ibama

O Ibama espera pela participação de todos para controlar e coibir cada vez mais os atos de violência contra a nossa fauna silvestre. Entre em contato com a Linha Verde e denuncie os maus tratos contra os bichos: 0800 61 8080.
Márcio Homsi

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Ascom

 
 
 
 

 

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