Brasília (12/02/08) - Há
dez dias, em uma ação de fiscalização,
o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis
(Ibama) apreendeu uma arara (Ara Araraúna),
que vivia há 30 anos em cativeiro. A arara
tinha sinais de auto-mutilação causada
por estresse.
O animal pertencia à uma
família de Sobradinho que o considerava membro
da família e alegou amar a ave, já
que era herança de mãe falecida. A
arara estava com alguns locais sem pena, que a família
disse pensar serem mudas, trocas das penas. Mas
os indícios apontaram outra coisa. Os locais
sem penas davam exatamente onde o bico da ave alcança,
o que indicou auto-mutilação por,
o que pode ser, uma depressão profunda e
estresse.
As araras vivem cerca de 70 anos
e são animais sociais que vivem com um parceiro
pelo resto da vida. Pode-se comparar, então,
esta arara à um prisioneiro em solitária
há 30 anos. A ave será encaminhada
ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas),
onde terá a companhia de outras araras e
a oportunidade de viver por mais 40 anos, só
que em liberdade.
Felipe Bello
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Tailândia recebe fiscalização
do Ibama
Belém (11/02/08) – Durante
operação do Ibama, que se iniciou
na manhã de hoje, mais de 20 mil m³
de madeira em tora foram vistoriados em três
empresas do município de Tailândia,
localizado no nordeste do Pará. A ação
é uma parceria entre o Ibama, Sema, Sefa
Polícias Civil e Militar, que disponibilizaram
130 fiscais e policiais, além de 30 veículos
para a operação.
De acordo com o Chefe substituto
da Fiscalização do Ibama no Pará,
Alex Lacerda, a ação no município
está sendo realizada por causa do grande
número de serrarias na localidade. Alex informa
que são cerca de 140 serrarias e comércios
de madeira na localidade. “É o motivo pelo
qual estamos atuando na cidade com um número
tão grande de fiscais e policiais”, afirma.
A ação, que durará
mais dias, faz parte do Planejamento de Combate
ao Desmatamento na Amazônia Paraense, do Ibama.
Representantes do instituto e de seus parceiros
estão reunidos em Belém para definirem
as demais ações no decorrer de 2008,
assim como apontar as dificuldades identificadas
em 2007. Com isso, pretende-se alcançar melhores
resultados nos trabalhos a serem realizados.
Luciana Almeida
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Ibama irá combater a introdução
de novo animal exótico no meio ambiente
João Pessoa (07/02/08)
– Através da Portaria nº 5 de 28 de
janeiro de 2008, o Ibama está dando prazo
de 60 dias a partir da data de publicação
da portaria, dia 29/01 no Diário Oficial
da União, para que todos os aficcionados
da Aquariofilia, que criam em seus aquários
o lagostim-vermelho (Procambarus clarkii) e principalmente
os criadores, as empresas que comercializam animais
aquáticos vivos, zoológicos e equários
públicos e particulares, passem a observar
a proibição que no artigo primeiro
da citada portaria, determina a não autorização
em todo o território nacional, da introdução,
reintrodução, importação,
comercialização,cultivo e transporte
de indivíduos vivos dessa espécie.A
razão desta medida é que o lagostim-vermelho,
a exemplo do caracol-gigante africano, que tantos
problemas vêm causando em várias regiões
do País, é também uma espécie
exótica, com grande capacidade de reprodução
e para colonizar ambientes diversos, com grande
habilidade de dispersão e tolerante às
mais adversas condições ambientais
e como não tem predadores naturais, causa
prejuízos à fauna aquática
local.
Esta espécie foi introduzida
por praticantes da Aquariofilia em mais de 30 países,
é oficialmente reconhecida como “invasora”
e vem sendo responsável por causar prejuízos
econômicos, sociais e ambientais nos países
onde se proliferou nos ambientes naturais. Por fim,
a portaria determina que os animais a serem descartados
devem ser entregues nas unidades do Ibama em todo
o País, de forma alguma o lagostim-vermelho,
criado em aquários não deve ser colocado
em contato com ambientais naturais, nem em águas
naturais. Os infratores serão autuados de
acordo com a legislação ambiental:
Lei 9.605/98 e Decreto nº 3.179/99.
Gutemberg de Pádua