30 de Janeiro de 2008 - Cargill
e Bunge ignoraram durante quatro anos a lei de rotulagem
brasileira, que determina a rotulagem de todo produto
que usa 1% ou mais de soja transgênica.
São Paulo (SP), Brasil
— Empresa segue os passos da Bunge e rotula as marcas
Liza e Veleiro. Greenpeace fez denúncia da
irregularidade em 2005.
Depois da Bunge rotular seu óleo
Soya, agora é a vez da Cargill anunciar que
vai colocar o símbolo de transgênico
em seus óleos de soja Liza e Veleiro, conforme
determina a lei de rotulagem em vigor no Brasil
desde 2004.
Ambas as empresas foram obrigadas
a tomar a iniciativa por determinação
da Justiça, que aceitou ação
civil pública do Ministério Público
de São Paulo exigindo a rotulagem. O MP-SP,
por sua vez, se baseou em denúncia feita
pelo Greenpeace em 2005 que revelou como Cargill
e Bunge desrespeitavam a lei e os consumidores ao
não informar sobre o uso de soja transgênica
na fabricação dos óleos.
De acordo com a lei, todos os
produtos fabricados com mais de 1% de organismos
geneticamente modificados devem trazer essa informação
no rótulo. Isso vale mesmo para produtos
como o óleo, a maionese e a margarina, em
que não é possível detectar
o DNA transgênico.
"Após quatro anos
da entrada em vigor da lei, e dois anos de nossa
denúncia, as empresas finalmente resolveram
se adequar", afirmou Gabriela Vuolo, coordenadora
da campanha de Engenharia Genética do Greenpeace.
"Agora vamos continuar com
a pressão para que tanto a Bunge como a Cargill
rotulem também outros produtos, como margarinas
e maioneses, fabricadas com a mesma soja transgênica.
Só assim os brasileiros vão poder
realmente exercer seu direito de escolha, que é
garantido por lei."
+ Mais
Tudo que a CNBS precisa saber
sobre milho transgênico - e a CTNBio ignorou
11 de Fevereiro de 2008 - CTNBio
aprovou o milho transgênico Liberty Link da
Bayer mesmo sem uma regulamentação
prévia dos processos e documentação
necessários para garantir a biossegurança
brasileira.
São Paulo (SP), Brasil — Enviamos documentos
aos ministros do Conselho de Biossegurança
desmascarando variedades aprovadas no Brasil.
A Comissão Técnica
Nacional de Biossegurança (CTNBio) ignorou
solenemente as muitas evidências existentes
contra os milhos transgênicos da Bayer (Liberty
Link) e Monsanto (MON810) e aprovou ambas as variedades,
para desespero de ambientalistas e cientistas preocupados
com a biossegurança brasileira.
Agora, os 11 ministros do Conselho
Nacional de Biossegurança (CNBS) têm
a chance de consertar o grande equívoco cometido
pela CTNBio, barrando esses milhos que podem causar
problemas à nossa biodiversidade - e quiçá
à nossa saúde. Eles se reúnem
nesta terça-feira (dia 12) em Brasília
para discutir essas aprovações e,
para subsidiá-los na discussão, o
Greenpeace enviou a cada um dos ministros uma carta
e uma série de documentos com fatos importantes
sobre o processo de aprovação de variedades
transgênicas de milho no país.
Foram incluídos estudos
de contaminação genética provocada
por lavouras de milho transgênico, evidências
científicas sobre o risco à saúde
e ao meio ambiente causado pelas variedades geneticamente
modificadas aprovadas no Brasil, e relatórios
de governos europeus justificando o motivo da proibição
dessas variedades nos respectivos países.
"Espero que os ministros
não sejam irresponsáveis como parte
dos cientistas da CTNBio, que não se deram
o trabalho de conferir estudos que colocam em xeque
a segurança desses milhos. Muitos países
europeus estão revisando suas aprovações
e proibindo as duas variedades, já aprovadas
no Brasil", afirma Gabriela Vuolo, coordenadora
da campanha de Engenharia Genética do Greenpeace
Brasil.
A carta do Greenpeace lembra aos
ministros do CNBS que “as variedades aprovadas pela
CTNBio foram proibidas em inúmeros países.
No Reino Unido, por exemplo, a própria Bayer
retirou seu pedido de liberação comercial,
já que não podia garantir a segurança
do milho Liberty Link. No caso do MON810, a lista
de países europeus em que ele está
proibido é extensa e relevante: Alemanha,
Áustria, França (maior país
agrícola da Europa), Grécia, Hungria,
Polônia e Suíça.”
O milho transgênico está
acabando com os cultivos de milho ecológico:
matéria do jornal espanhol “El País”
sobre o grave problema de contaminação
vivido pelos produtores de milho não-transgênico
na Espanha.
Sumário Executivo do relatório
do governo da Áustria sobre milho transgênico:
relatório das evidências científicas
com as últimas descobertas sobre as medidas
de segurança na Áustria para as linhagens
de milho geneticamente modificado MON810 e Liberty
Link.
Documento do governo da Grécia
proibindo o milho MON810: texto ressalta que dados
científicos confirmam o risco imediato ao
ambiente e talvez à saúde causado
pela variedade transgênica.
Carta do governo da Hungria proibindo
o milho MON810: texto do Ministro do Meio Ambiente
da Hungria enviado para a Diretoria de Meio Ambiente
da Comissão Européia.
Estudos científicos sobre
os prováveis efeitos nocivos do milho MON810:
lista e resumo dos principais estudos publicados
sobre os potenciais impactos ambientais do milho
da Monsanto.