10/04/2008
- Cortado pelo Rio Embu-Guaçu e pelo Ribeirão
Santa Rita, dois contribuintes da Represa do Guarapiranga,
o Parque Estadual da Várzea do Embu-Guaçu
está localizado inteiramente em área
de proteção ambiental, assim como
o município do mesmo nome, no qual se localiza.
A posição geográfica torna
fundamental a ação de educação
ambiental desenvolvida pela administração
do parque, que agora dará início a
uma campanha envolvendo os freqüentadores dessa
unidade de conservação da Secretaria
Estadual do Meio Ambiente.
A proposta da campanha é
criar um posto de recolhimento de óleo de
cozinha usado e utilizar esse resíduo para
fazer sabão, evitando que seja lançado
no esgoto e acabe atingindo a represa, que abastece
cerca de três milhões de pessoas, entre
as quais a própria população
local.
O diretor do parque, Gilberto
Passos, informa que o resíduo deverá
ser depositado em tambores, dispostos no Núcleo
de Educação Ambiental ou na portaria
da unidade. “O importante é que a população
se conscientize e passe a dar destinação
adequada ao resíduo, ao invés de lançar
o óleo no esgoto”. Ele explica que o sabão
produzido servirá para a limpeza do próprio
parque, além de ser utilizado como sabonete
pelos visitantes. Segundo disse, a técnica
para a fabricação do produto de limpeza
é bastante simples e poderá ser ensinada
aos interessados, para uso pessoal ou mesmo para
a comercialização.
Para divulgar a iniciativa, Gilberto
Passos planeja contar com a colaboração
dos grupos de terceira idade, que usam as instalações
do parque para atividades físicas, como aulas
de ginástica e fisioterapia ministradas por
médicos contratados pela prefeitura local.
No total, são cerca de 80 pessoas, que participam
das atividades realizadas nas terças, quintas
e sextas-feiras.
Além desse público
assíduo, o parque recebe também grande
número de visitantes em busca de lazer, além
de alunos da rede pública de ensino. “Só
na próxima semana, receberemos um total de
1.090 estudantes no Núcleo de Educação
Ambiental”, informa o diretor do parque.
Além de orientar, as ações
educativas servem como instrumento para atrair visitantes,
pois, segundo Gilberto Passos, o parque ainda é
pouco conhecido pela população.
Por isso, ele também se
ocupa pessoalmente de fazer a divulgação
dos atrativos do parque em todas as oportunidades,
por considerar importante o envolvimento e conscientização
da população sobre a função
dessa unidade de conservação, criada
para garantir a preservação da várzea.
O parque
Inaugurado em 1997, o Parque Estadual
da Várzea do Embu-Guaçu tem 128 hectares
de área total, 80 dos quais cobertos por
mata nativa, onde correm os rios Embu-Guaçu
e Santa Rita, que fazem parte da Bacia do Guarapiranga.
Por tratar-se de terreno alagadiço,
boa parte da área pode ser percorrida por
uma passarela de madeira, com cerca de um quilômetro.
O terreno fértil abriga grande diversidade
biológica, servindo de criadouro natural
para diferentes espécies, entre as quais
peixes, crustáceos e tartarugas.
Além de um Núcleo
de Educação Ambiental, a unidade de
conservação abriga também parque
infantil, quiosques, área para piquenique
e contemplação da natureza. O parque,
localizado na Rodovia José Simões
Louro Júnior, 111, em Embu-Guaçu,
pode ser visitado durante toda a semana, das 7 às
18 horas.
Texto: Eli Serenza
Foto: Gilberto Passos