16 de Abril de 2008 - Ativista
fantasiado de presidente Bush em protesto, realizado
em 2005 em frente ao consulado dos EUA em São
Paulo, contra a política americana de boicote
ao Protocolo de Kyoto.
Paris, França — Presidente americano insiste
em defender mecanismos voluntários e não-obrigatórios
de redução na emissão de CO2.
Em seu discurso, nesta quarta-feira,
durante o encontro dos países mais poluidores
do planeta, o presidente americano George W. Bush
fez o de sempre: em nada contribuiu para ajudar
no combate ao aquecimento global. Em vez de propor
uma ação decisiva que revertesse pelo
menos parte de seu vergonhoso legado de dois mandatos,
em que obstruiu até não poder mais
a discussão sobre as mudanças climáticas,
Bush propôs novamente um mecanismo voluntário
e não-obrigatório, absolutamente vago
e que contraria o consenso científico sobre
a necessidade e urgência de uma ação
imediata para enfrentar o problema.
“Parar o crescente aumento das
emissões americanas em 2025 é completamente
inconsistente comparado àquilo que os cientistas
consideram que é necessário para barrar
um catastrófico aquecimento global. De fato,
a Europa concordou em reduzir suas emissões
em 20% com a promessa de reduzir em 30% no ano de
2020 caso os Estados Unidos também o façam.
Em vez disso, Bush está propondo uma meta
irrisória para 2025, que não reduzirá
suas emissões domésticas, mas simplesmente
irá parar seu crescimento até 2025.
Este objetivo é tímido, tardio e coloca
em risco os compromissos assumidos por outras nações”,
afirma Christopher Miller, da campanha de clima
do Greenpeace nos Estados Unidos.
Em Bangcoc, durante reunião
da ONU sobre o clima, proposta dos países
desenvolvidos de usar florestas tropicais como sumidouros
de carbono foi rejeitada. Confira aqui.
Diante de mais uma decepção,
o mundo deve olhar além da administração
Bush e exigir do próximo ocupante da Casa
Branca a liderança e a visão estratégica
necessária para que um país com o
peso e a responsabilidade atual e histórica
como os Estados Unidos faça seu dever de
casa.
O presidente Bush tem permanentemente
obstruído o Protocolo de Kyoto, único
tratado internacional a combater a questão
das mudanças climáticas, e continua
se recusando a aceitar metas de redução
de emissões para os países industrializados.
“O único e legítimo
fórum de discussão sobre mudança
climática é a ONU. Esperamos que o
Brasil, que participa da reunião de Paris,
defenda essa posição com toda a propriedade”,
afirma Luis Piva, coordenador da campanha de clima
do Greenpeace no Brasil. “Além disso, o país
deve assumir seu compromisso pelo desmatamento zero
e demonstrar vontade política para realizar
uma verdadeira revolução energética”,
complementa Piva.
Pelo jeito, o Presidente Bush
assumiu a presidência em 2001 como um homem
do petróleo vindo do Texas e sairá
da presidência em 2009 como esse mesmo homem
do petróleo vindo do Texas.