Brasília
(16/04/2008) - Por uma provocação
do Ministério Público, Instituições
como o Ibama, o Corpo de Polícia Militar
Ambiental, a Vigilância Sanitária e
a Sociedade Protetora dos Animais discutiram ontem,
em reunião com os administradores regionais
do Distrito Federal, ações coordenadas
para a manutenção de saúde
pública e prevenção dos maus
tratos dos animais em feiras, permanentes e livres
na região.
Em algumas feiras do DF existe
a venda e o abate de animais como galinhas e porcos.
Um vídeo apresentado pelo analista ambiental
Anderson do Valle, flagra a superlotação
de galinhas e gansos em uma feira do Núcleo
Bandeirante. Nesta mesma feira é feito o
abate dos animais para consumo. Galinhas são
escaldadas antes mesmo que a sangria completa seja
feita e em situação higienicamente
precária.
Com a intenção de
acabar com essa prática no DF os representantes
das instituições e os administradores
elaboraram táticas para conseguirem atingir,
com eficácia, as feiras. O problema é
que a questão das vendas de animais em feiras
é cultural, o que dificulta a extinção
dessa prática. Já se combate essa
cultura há 23 anos no país. O ideal
alcançado na reunião seria a criação
de abatedouros públicos, onde os comerciantes
poderiam abater seus animais após inspeção
federal. “Vale lembrar que o bem estar animal está
intimamente ligado ao bem estar humano”, completa
Ana Nira, representante da Sociedade Protetora dos
Animais.
O representante administrativo
do Núcleo Bandeirante pediu uma rápida
ação e afirma que já espera
esse ato há dois anos. Foi dada a possibilidade
de uma ação piloto para o local, mas
ficou acordado um prazo de 15 dias para que os administradores
localizem os pontos desse tipo de comércio
e avisem da legislação ambiental para
os feirantes. A partir daí caberá
ao Ibama e à Vigilância Sanitária
fiscalizar com rigor e fazer um trabalho de conscientização
ambiental.
Felipe Bello
Ascom/Ibama
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Filhote de peixe-boi resgatado
por pescadores chega hoje a Manaus
Brasília (16/04/2008) -
Chega hoje a Manaus, um filhote de peixe-boi (Trichechus
inunguis), capturado na última segunda-feira
(14), por pescadores do município de Caapiranga,
no rio Solimões. De acordo com servidores
das secretarias municipais de Meio Ambiente e de
Produção daquele município,
o animal foi entregue aos técnicos da prefeitura
pelos próprios pescadores, que relataram
ter avistado o filhote enrolado numa rede de nylon,
já com sinais de ferimentos na cauda. Os
pescadores relataram que, próximo ao filhote,
avistaram um outro peixe-boi adulto, provavelmente,
a mãe do animal preso. A chegada está
prevista para o final da tarde de hoje por volta
das 17h30, no porto da feira Manaus Moderna, na
embarcação Capitão Antônio.Segundo
o chefe do Núcleo de Fauna do Ibama, João
Alfredo, o animal já está medicado
e alimentado para suportar a viagem até Manaus.
O Ibama realizará atendimento médico-veterinário
no animal ainda no terminal de desembarque, onde
será examinado e tratado pelos veterinários.
Logo em seguida, será encaminhado ao Centro
de Pesquisa e Preservação de Mamíferos
Aquáticos, CPPMA, da Manaus Energia, localizado
na estação hidrelétrica de
Balbina, a 180 quilômetros de Manaus, no município
de Presidente Figueiredo. Lá, existe um programa
de tratamento e pesquisa desse tipo de animal.
O peixe-boi é mamífero
e depende de amamentação nos primeiros
dois anos de vida. Pelas informações
repassadas aos veterinários do Ibama, o animal
capturado deve ter apenas cerca de dois meses de
idade, necessitando de cuidados especiais para ter
sua sobrevivência garantida. Somente em 2008,
já foram resgatados pelo Ibama no Amazonas
quatro animais da espécie peixe-boi, um por
mês.
João Alfredo Duarte - Chefe de Núcleo
de Faunas do Ibama/AM
Marcelo Dutra - Analista Ambiental da Ascom/Ibama
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Cetas/PB inicia soltura de macacos
no sertão paraibano
João Pessoa (16/04/08)
- Hoje, dia 16 de abril, os macacos-pregos (primatas
da espécie Cebus libidinosus) que se encontram
no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas)
do Ibama/PB, vão ganhar sua liberdade sendo
devolvidos à Natureza.
O analista ambiental Paulo Guilherme
Wagner, responsável pelo Cetas/PB, informou
que os animais em sua maioria foram apreendidos
ou capturados pelo Ibama após solicitação
por meio da Linha Verde (0800 61 8080), ou da Polícia
Florestal. Alguns foram entregues por pessoas que
os mantinham em cativeiro. Após um período
de quarentena e tratamento, os que estão
aptos para serem devolvidos ao seu ambiente natural,
vão ganhar esta oportunidade.
O Cetas/PB vinculado a Diretoria
de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas
(Dbflo), em parceria com o Centro Primatas do Brasil
(CPB), Centro Nacional de Pesquisa para Conservação
das Aves Silvestres (Cemave), Universidade Federal
do Rio Grande do Norte, Universidade Federal de
Campina Grande (PB) e Universidade Federal Rural
de Pernambuco, estão desenvolvendo um projeto
de pesquisa e comportamento da espécie Cebus
libidinosus, mais conhecidos como macacos-prego.
Nesta etapa do projeto, após
os devidos cuidados e seleção dos
animais, o primeiro grupo de dez exemplares serão
soltos no município de Jericó (PB),
em uma das ilhas do Açude Carneiros. Este
trabalho terá continuidade com a soltura
de outros grupos dessa espécie em vários
municípios do sertão paraibano. Ao
todo dez ilhas de açudes estão sendo
monitoradas, mas o projeto pretende ampliar este
número.
Paulo Guilherme Wagner - Cetas/Ibama
Gutemberg Pádua
Ascom/Ibama PB