14 de Abril de 2008 O navio do
Greenpeace, Esperanza, entre o baleeiro Yushin Maru
e o navio-fábrica Nisshin Maru, ambos da
frota japonesa. Desde que
a perseguição aos baleeiros japoneses
começou, no dia 13 de janeiro, nenhuma baleia
foi morta na Antártica.
Tóquio, Japão — Caça foi feita
no Santuário de Baleias da Antártica,
onde evitamos com o navio Esperanza a morte de centenas
de outros animais.
Depois de cinco meses no mar,
o Nisshin Maru chegou nesta segunda-feira ao Japão
de sua expedição ao Santuário
de Baleias da Antártica, carregado com a
carne de 551 baleias que foram mortas nesta temporada
pela frota baleeira japonesa. Uma matança
sem sentido que, apesar das alegações
do governo japonês, nada tem a ver com pesquisa
científica.
A caça de baleias promovida
pelos japoneses na Antártica foi adiada por
15 dias graças à perseguição
que nosso navio Esperanza fez ao Nisshin Maru por
mais de 4 mil milhas no santuário. Além
de baleias minkes, os baleeiros do Japão
também pretendiam caçar fins e jubartes,
mas esta última espécie ficou de fora
depois de protestes realizados em todo o mundo.
Nos últimos anos, a Agência
de Pesca do Japão tem dito ao mundo que houve
um aumento no número de baleias fin no Oceano
Antártico e que isso justificaria a matança
de 50 delas. Mas depois de ficarem três meses
do ano vasculhando a região, os baleeiros
japoneses não encontraram um exemplar sequer
da espécie.
A batalha para defender as baleias
agora se volta para o Chile, onde será realizada
a próxima reunião da Comissão
Internacional Baleeira. O Japão tentar novamente
derrubar a moratória à caça
comercial de baleias, mas estamos preparados para
impedir isso, bem como defender a criação
do Santuário de Baleias do Atlântico
Sul.
"As discussões agora
passam a ser em esfera política, onde esperamos
que o governo brasileiro tenha um papel chave na
proposta durante a reunião da Comissão
Internacional Baleeira, em junho, no Chile",
afirma Leandra Gonçalves, coordenadora da
campanha de Baleias do Greenpeace Brasil.
No Santuário de Baleias
da Antártica, o único número
aceitável de mortes de baleias é zero.
Se os japoneses são sérios em relação
à pesquisa científica - não
a caça comercial disfarçada que promovem
- devem retornar à região na próxima
temporada com câmeras fotográficas,
não arpões.