(23/04/2008)
“Uma experiência com excelente potencial por
produzir energia de forma limpa, sustentável
e sem atentar contra a segurança alimentar”.Essa
foi a opinião do representante do ministério
da agricultura da Nicarágua, Benjamin Dixan,
após visitar a mini-usina de produção
de biodiesel desenvolvida por pesquisadores da Universidade
de Brasília (UnB) e da Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada
ao ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento.
Dixan integrou a comitiva de dirigentes
da 30ª Conferência Regional da Organização
das Nações Unidas para a Agricultura
e Alimentação (FAO) para América
Latina e Caribe que esteve em reunião com
a diretoria da Embrapa e chefia da Assessoria de
Relações Internacionais, na sede da
Empresa, em Brasília/DF, na sexta-feira (
18).
A mini-usina, voltada para a agricultura
familiar, pode produzir até 800 litros/dia
de biodiesel a partir de oleaginosas como mamona,
por exemplo, que não é utilizada na
alimentação humana ou como ração
animal. Daí o entusiasmo do representante
da Nicarágua, explica o pesquisador Elias
de Freitas, da Embrapa Transferência de Tecnologia,
unidade da Embrapa.
Segundo Freitas, além das
qualidades destacadas por Dixan, a mini-usina chamou
a atenção dos demais membros da comitiva
por ser uma alternativa de inclusão social
de pequenos agricultores e para
comunidades isoladas do Brasil e de países
vizinhos.
“A um custo atrativo, cerca de
50 mil dólares, o equipamento possibilita
que o agricultor transforme a matéria-prima
dentro da propriedade para movimentar tratores,
equipamentos de irrigação, motores
de barco, geradores de energia”, diz o pesquisador.
O equipamento encontra-se em fase de testes e ainda
não está sendo comercializado.
Valéria Costa
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Brasil e Uruguai discutem preservação
de campo natural
(23/04/2008) A Embrapa Pecuária
Sul – Unidade de pesquisa da Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, vinculada
ao Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento, Mapa – em parceria com a Facultad
de Agronomia, Universidad de La Republica , do Uruguai
realizam no sexta-feira( 25) a manhã de campo
“El campo natural del Uruguay y Sur de Brasil: Sustentabilidad
del present y futuro”.
O evento tem como objetivo principal
a apresentação, para técnicos
e produtores rurais, do projeto “Valorização
da diversidade florística e manejo sustentável
do Bioma Pampa: interações planta-animal
e suas repercussões na produção
animal” , liderado pela pesquisadora da Embrapa,
Cristina Genro.
O trabalho de pesquisa, realizado
com pesquisadores de instituições
brasileiras e internacionais tem como foco a preservação
de um ecossistema único no planeta com uma
extensa diversidade animal e vegetal. Esse ecossistema
- que compreende a Região Sul do Brasil,
como todo o Uruguai e o Nordeste da Argentina -
recebe em nosso país o nome de Bioma Pampa
e é responsável pela alimentação
de cerca de 90% do rebanho de produção
de carne do Estado.
Por isso, é necessária
a compreensão de todos para a importância
da conservação, de um manejo correto,
além da valorização dos produtos
primários, que podem ser originados a partir
do Bioma Pampa, bem como dos campos uruguaios e
argentinos.
“É preciso cada vez mais
salientar a importância do Bioma Pampa e para
isso a comunidade científica deve avançar
e inovar na geração do conhecimento
sobre todo o contexto desse ecossistema, além
das interações com os herbívoros
que nele habitam”, declara a pesquisadora Cristina
Genro.
A manhã de campo começa
a partir das 08h00min na Estación Experimental
Prof Bernarndo Rosengurtt (EEBR) da Facultad de
Agronomia, Universidad de la Republica. E conta
com o apoio do Instituto Nacional de Investigacion
Agropecuária (INIA – Uruguai); Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS; Universidade
Federal de Santa Maria, UFSM e Universidade Federal
de Pelotas, UFPEL.
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Livro aborda transgênicos
(18/04/2008) A legislação
de biossegurança no Brasil é o tema
tratado pelo gerente de Planejamento e Negócios
da Embrapa Transferência de Tecnologia, Filipe
Gerardo de Morais Teixeira, em co-autoria com a
advogada da Assessoria de Inovação
Tecnológica (AIT), Mônica Cibele Amâncio,
no livro Revolução dos Transgênicos,
lançado na última semana, pela Editora
Interciência.
A obra coordenada por Betania
Quirino, conta com a participação
de outros seis pesquisadores da Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A criação de organismos
transgênicos representa uma revolução,
destaca a organizadora na apresentação
da obra, em que ressalta também a pertinência
do debate com a sociedade sobre o tema “essencial
para gerar perspectivas sobre aonde ir ou não
ir, como para criar os padrões éticos
apropriados aos novos caminhos”.
Além da evolução
da biotecnologia, o livro tem capítulos sobre
plantas, animais e microrganismos geneticamente
modificados e a biossegurança de transgênicos
e análise de risco.
Aos advogados da Embrapa, Teixeira
e Amâncio, coube avaliar a evolução
da legislação referente ao tema no
Brasil. “Fizemos uma análise da Lei 8.974/95
analisando aspectos que levaram à sua substituição
pela nova Lei de Biossegurança”, explica
o gerente da Embrapa Transferência de Tecnologia.
Filipe Teixeira lembra que pesquisadores
da Embrapa tiveram papel preponderante no avanço
que a nova lei significou para as pesquisas com
OGMs no setor agropecuário. Para Mônica
Amâncio, Revolução dos Transgênicos
tem o mérito de desmisitificar o tema ao
levar o debate para o patamar técnico, mas
em linguagem acessível.
Valéria Costa