28 de
Abril de 2008 Ato promovido pelo Greenpeace em memória
das vítimas do acidente radioativo com o
césio-137, no centro de Salvador, reuniu
cerca de 40 manifestantes.
Goiânia (GO), Brasil — Decreto estadual contempla
apenas funcionários públicos. Pelo
menos 65 pessoas morreram por causa do acidente
em 1987.
Após mais de 20 anos do
acidente radioativo ocorrido em Goiânia com
uma cápsula de césio 137, o governo
de Goiás reconheceu na semana passada mais
199 vítimas da tragédia, que terão
direito a uma pensão vitalícia de
R$ 482. O decreto assinado pelo governador Alcides
Rodrigues garante o direito a policiais militares,
bombeiros e agentes de saúde que trabalharam
na limpeza, descontaminação, segurança
e socorro a outras vítimas do acidente. Agora
já são 397 pessoas que recebem pensão
do estado por terem se contaminado à época
- todas elas são funcionários públicos.
Outros 800 cidadãos comuns ainda reivindicam
a indenização.
"O cidadão comum também
precisa ser ressarcido por tudo que perdeu na época
- parentes, bens, empregos. Além disso, a
indenização está abaixo do
previsto quando o processo começou, que era
de dois salários-minimos", critica Odesson
Alves Ferreira, presidente da Associação
das Vítimas do Césio. O salário-mínimo
no Brasil hoje é de R$ 415.
"Mas não deixa de
ser um ganho, afinal essas pessoas estava mesmo
precisando de alguma ajuda financeira. Mas não
podemos parar por aqui, porque além de reaver
o valor original das pensões, temos que conseguir
pensões também para os civis, os cidadãos
comuns que foram contaminados e foram relegados
nessa decisão", diz Odesson.
Pelo menos 65 pessoas morreram
em decorrência direta do acidente ou por doenças
relacionadas à contaminação
pelo césio 137. Quem foi submetido à
radiação enfrentou problemas graves,
como câncer. O acidente foi o pior caso de
contaminação por radioatividade acontecido
no Brasil.