Biodiesel - 25/04/2008 - 07:58
O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio
Rezende, dá entrevista a emissoras de rádio
no estúdio da Empresa Brasil de Comunicação
(EBC)
A produção de biodiesel em países
em desenvolvimento não se contrapõe
às demais atividades agrícolas, disse
o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio
Rezende, em entrevista ao programa Bom dia Ministro,
da Empresa Brasileira de Comunicação
(EBC). Segundo ele, a alegação de
que estimular o uso de biocombustíveis pode
prejudicar a oferta internacional de alimentos é
falaciosa.
"Essa discussão que
tem havido em âmbito mundial de alimentos
versus produção de biocombustíveis
é na verdade uma falácia dos países
desenvolvidos, que não têm uma agricultura
desenvolvida e precisam subsidiar os seus produtores",
afirmou Rezende.
Modelos de produção
de biocombustíveis como o nordestino são
apontados por ele como exemplo de que a alternativa
aos combustíveis fósseis não
inviabiliza a plantação de alimentos.
"No caso do Nordeste, a grande fonte de produção
de biodiesel é exatamente a mamona e, como
se sabe, ela não é usada para alimentação."
Recentes altas nos preços
mundiais dos alimentos colocaram os biocombustíveis
em debate na 12ª Conferência das Nações
Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento
(Unctad), em Gana, na África. Participante
do evento, o ministro de Cooperação
para o Desenvolvimento da Holanda, Bert Koenders,
disse na terça-feira (22) que "a segurança
alimentar não pode ser colocada em risco
pelos biocombustíveis".
Dois dias antes, na mesma conferência,
o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu
a produção de biodiesel e disse que
o tema precisa ser discutido sem "ideologismos".
A entrevista foi concedida ontem (24).
Com informações de Hugo Costa da Agência
Brasil
Assessoria de Comunicação do MCT
+ Mais
Conselho Diretor da Rede-Clima
é instalado
Aquecimento Global - 25/04/2008
- 16:44
Conhecimento e tecnologia ajudarão o Brasil
a responder as demandas provocadas pelas mudanças
climáticas
O secretário da Seped, Luiz Antonio Barreto
de Castro, se reuniu com os membros do Conselho
Diretor
Foto: Ricardo Lemos - Ascom MCT
Foi instalado nesta sexta-feira (25), em Brasília
(DF), o Conselho Diretor da Rede Brasileira de Pesquisas
sobre Mudanças Climáticas Globais
(Rede-Clima). Instituída por portaria do
Ministério da Ciência e Tecnologia
(MCT), a Rede gerará e disseminará
conhecimento e tecnologia para que o Brasil possa
responder as demandas e desafios provocados pelas
mudanças climáticas globais. A Rede
também produzirá dados e informações
que apoiarão a diplomacia brasileira nas
negociações sobre o regime internacional
de mudanças climáticas.
Outro objetivo da Rede-Clima é
estudar alternativas para adaptação
dos sistemas sociais, econômicos e naturais
do Brasil, bem como contribuir para formulação
e acompanhamento das políticas públicas
sobre mudanças climáticas globais
no País.
O secretário de Políticas
e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped/MCT),
Luiz Antonio Barreto de Castro, se reuniu hoje (25),
na sala dos Conselhos do Ministério, com
os membros do Conselho Diretor. De acordo com o
secretário, o objetivo maior da Rede-Clima
é elaborar um programa adequado para o tratamento
das mudanças climáticas que vão
acontecer ao longo das próximas décadas
no mundo e, consequentemente, no Brasil.
Os integrantes do Conselho foram
designados pela portaria nº 171, publicada
no dia 27 de março deste ano. De acordo com
o texto, integram o conselho representantes do MCT,
dos ministérios do Meio Ambiente, Relações
Exteriores, Agricultura e da Saúde. Também
fazem parte da Rede representantes da Academia Brasileira
de Ciências, do Fórum Brasileiro de
Mudanças Climáticas, do Conselho Nacional
de Secretários Estaduais para Assuntos de
Ciência, Tecnologia e Inovação,
e do Conselho Nacional das Fundações
Estaduais de Amparo à Pesquisa.
Rafael Godoi - Assessoria de Comunicação
do MCT