25 de
Fevereiro de 2009 - Luana Lourenço - Repórter
da Agência Brasil - Brasília - Um grupo
de organizações não-governamentais,
agências de financiamento e institutos de
pesquisa de mais de 50 países quer estimular
medidas de adaptação às mudanças
climáticas em nível comunitário
para as populações mais pobres do
mundo, mais vulneráveis aos impactos do aquecimento
global.
A iniciativa foi anunciada em
um encontro em Bangladesh, que reuniu organizações
como o WWF, a Action Aid e o Fundo de Desenvolvimento
da Noruega.
O enfrentamento às mudanças
climáticas é baseado em duas frentes
principais: mitigação e adaptação.
A primeira busca a redução das causas
do aquecimento global e a segunda, alternativas
para preparar as populações vulneráveis
aos fenômenos naturais decorrentes do aquecimento,
como chuvas ou secas mais intensas.
Entre as estratégias de
adaptação estão a criação
de alertas para ciclones, a construção
de barreiras anti-enchentes e a assistência
técnica para estimular culturas mais resistentes
às secas, por exemplo.
O grupo de entidades internacionais
se comprometeu a promover medidas de adaptação
em nível comunitário, além
de fomentar pesquisas para estimular novas abordagens
para o tema.
Uma rede de informações
online também foi criada para que especialistas
de todo o mundo compartilhem informações
sobre experiências de adaptação
bem sucedidas que possam ser replicadas em outros
locais do planeta.
Em setembro, o grupo volta a se
reunir, dessa vez na Tanzânia, em um encontro
preparatório para a 15ª Conferência
das Partes sobre o Clima da Organização
das Nações Unidas, que será
realizada em dezembro, em Copenhague (Dinamarca),
e deverá definir o documento que irá
substituir o Protocolo de Quioto, atual regime global
de redução de emissões de gases
de efeito estufa.
+ Mais
Analistas vistoriam reserva para
confirmar desmatamento em Rondônia
25 de Fevereiro de 2009 - Amanda
Mota - Repórter da Agência Brasil -
Manaus - Uma equipe de analistas do Sistema de Proteção
da Amazônia (Sipam) e do Instituto Chico Mendes
de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
começa a vistoriar a Reserva Extrativista
do Lago do Cuniã hoje (25). A finalidade
é confirmar a existência de possíveis
áreas de desmatamento sugeridas pelo satélite
Landsat, de responsabilidade da Nasa, cujos dados
também são utilizados pelo Sipam.
Segundo a assessoria de comunicação
do Sipam em Rondônia, as suspeitas surgiram
a partir do trabalho dos analistas do Sipam durante
recentes atividades do Programa de Monitoramento
de Áreas Especiais (ProAE). O ProAE é
um projeto do Sipam para monitoramento de terras
Indígenas e unidades de conservação
da Amazônia.
De acordo com a assessoria, a
equipe está indo ao local para confirmar
se há ou não desmatamento. A imagem
do satélite poderia ser, por exemplo, uma
área alagada, por isso a visita in loco.
Os resultados identificados serão
organizados pelo Sipam em um relatório de
atividades do ProAE, incluindo informações
também de outras áreas da região
Amazônica.
A Reserva Extrativista do Lago
do Cuniã está localizada a cerca de
130 quilômetros da capital Porto Velho e a
viagem até o local será feita em pequenas
lanchas. Menos de dez pessoas compõem a equipe.
O retorno está previsto para a próxima
sexta-feira (27). De acordo com os técnicos
do Sipam, existem quatro pequenos pontos (um com
cerca de 8 hectares e outros três menores,
com 1 hectare cada) que se diferem da paisagem da
reserva de mais de 55 mil hectares onde só
se permite a exploração auto-sustentável.
+ Mais
Defensoria Pública paulista
atende comunidades que vivem em áreas de
proteção ambiental
14 de Fevereiro de 2009 - Vinicius
Konchinski - Repórter da Agência Brasil
- São Paulo - Cerca de 2 mil pessoas foram
atendidas hoje (14) na 2ª Jornada de Moradia
e Meio Ambiente promovida pela Defensoria Pública
do Estado de São Paulo. A maior parte dos
atendimentos foi dedicado a comunidades cujos moradores
vivem em áreas de mananciais e proteção
ambiental e, por isso, correm risco de perder suas
casas.
De acordo com o defensor público
Carlos Henrique Loureiro, coordenador do Núcleo
de Habitação e Urbanismo da defensoria,
cerca de 1,8 milhão dos 18 milhões
de habitantes da cidade de São Paulo vivem
em áreas de mananciais. Essas pessoas são
constantemente ameaçadas por ações
do Estado que visam a proteger as áreas de
preservação e que, quase sempre, resultam
em desocupação do local.
“Muitas vezes, a situação
desses moradores pode ser regularizada com ações
de proteção ambiental”, disse o defensor,
em entrevista à Agência Brasil. “Quando
não pode, o Estado tem que dar uma alternativa
para essas pessoas. Eles não têm para
onde ir.”
Para auxiliar essa população,
Loureiro afirmou que, durante todo o dia, defensores
ouviram as queixas dos moradores com o objetivo
de prestar atendimento jurídico às
comunidades. Alguns membros de associações
de moradores respondem até por processo de
desrespeito ao Código Ambiental Nacional.
De acordo com o defensor, também
na 2ª Jornada, foram realizadas oficinas e
ações educativas para esclarecimento
quanto às leis ambientais e aos direitos
à habitação.