31/08/2009
- Suelene Gusmão - Veículos leves
saídos de fábrica terão de
se adequar à nova resolução
do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).
Para efeito de controle da poluição
do ar, o Conama vai apreciar em sua reunião
plenária nos dias 2 e 3 de setembro determinação
que faz parte da Fase L-6 do Programa de Controle
da Poluição do Ar por Veículos
Automotores (Proconve). Para os veículos
movidos a diesel, o prazo estabelecido pela resolução
é de até 1º de janeiro de 2013.
Os carros movidos a gasolina terão o prazo
máximo de até 1º de janeiro de
2014.
Para efeito de controle da poluição
do ar, a resolução estabelecerá
os limites máximos de emissões provenientes
dos escapamentos, como o monóxido de carbono,
os aldeídos, os hidrocarbonetos totais, os
hidrocarbonetos não metano, os óxidos
de nitrogênio e o material particulado (enxofre).
De acordo com Rudolf Noronha,
gerente de Qualidade do Ar do MMA, a determinação
contida na resolução do Conama vai
reduzir de maneira expressiva os poluentes emitidos
pelos veículos. "Esta medida, somada
à inspeção veicular vai trazer
uma melhoria significativa à qualidade do
ar das cidades", disse. Ele garantiu que o
Brasil vai alcançar padrões equivalentes
ao que há de mais moderno no mundo em termos
de iniciativas para melhoria da qualidade do ar.
A discussão sobre a resolução
que trata do Proconve L-6 já havia sido iniciada
em plenário do Conselho, mas voltou para
a ser debatida em uma comissão em função
da falta de especificação do combustível
pela Agência Nacional de Petróleo (ANP).
Como a ANP publicou resolução determinando
o tipo de combustível, o assunto deve voltar
ao plenário.
Além da questão
do Proconve, o Conama vai discutir outras quatro
propostas de resolução. Entre os assuntos
previstos na pauta do Conselho estão temas
como a criação de uma Comissão
de acompanhamento do Proconve; a questão
dos pneus, áreas contaminadas e estágios
sucessionais das restingas associadas ao bioma Mata
Atlântica. A reunião será realizada
das 9h às 18h no auditório do Ibama,
em Brasília.
Descarte de pneus e áreas
de restinga da Mata Atlântica - Um outro assunto
a ser debatido pelos conselheiros será a
forma segura e ambientalmente adequada para a destinação
de pneus inservíveis. Depois de ser debatida
e aprovada nas câmaras técnicas de
Saúde, Saneamento Ambiental e Gestão
de Resíduos do Conana, a resolução
chega ao plenário.
Além do correto descarte
dos pneus usados, a resolução trata
da questão da importação e
define que os municípios com mais de cem
mil habitantes passarão a contar com pelo
menos um ponto de coleta para pneus usados. Os fabricantes
e importadores de pneus deverão elaborar
um plano de gerenciamento de coleta, armazenamento
e destinação de pneus usados para
o atendimento da norma.
Um outro assunto que volta a plenário
é o que trata sobre os parâmetros básicos
para a definição de vegetação
primária e dos estágios sucessionais
secundários da vegetação de
restinga na Mata Atlântica. A proposta é
definir, para fins de licenciamento, quais os diversos
tipos de vegetação das áreas
de restinga para a correta aplicação
da lei.
A proposta fala em vegetações
como a Primária, que é a de máxima
expressão local, com grande diversidade biológica
e a Secundária ou em Regeneração,
que é aquela resultante dos processos naturais
de sucessão, após supressão
total ou parcial da vegetação primária
por ações antrópicas ou por
causas naturais.
+ Mais
Aumenta adesão à
campanha contra uso de sacolas plásticas
28/08/2009 - Com a participação
da secretária de Articulação
Institucional e Cidadania Ambiental do MMA, Samyra
Crespo, o presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira
Jr., formalizou oficialmente na sexta-feira (28/08)
a adesão da empresa à campanha "Saco
é um Saco", lançada pelo Ministério
do Meio Ambiente em junho deste ano.
A representante do MMA destacou
que as sacolas plásticas, apesar de parecerem
"inocentes" (na falsa aparência
de não oferecer riscos), na verdade são
causadoras de grandes tragédias e a campanha
para limitar o seu uso é muito importante.
"Elas são uma das maiores responsáveis
pelas enchentes, provocam desligamentos de energia
elétrica e a morte de animais marinhos",
disse Samyra.
A campanha "Saco é
um Saco" conta com a adesão de 15 grandes
empresas que atuam no setor varejista nacional e
ela espera que esse número aumente. "O
mercado responde à demanda e a própria
indústria vai apostar em novas soluções
tecnológicas se a sociedade parar de demandar
sacolas plásticas", disse ela.
"Nós queremos uma
avalanche de adesões para a campanha ganhar
peso e, agora, contamos com a credibilidade da CPFL",
afirmou Samyra.
O presidente da CPFL Energia explicou
que o mundo vive um momento de adaptação
em relação ao aquecimento global.
"Precisamos do consumo consciente, e um desses
temas é a redução no uso de
sacolas plásticas", disse.
A CPFL Energia se comprometeu
em contribuir de diferentes formas. A empresa distribuirá
7,2 mil sacolas de tecido para seus funcionários
diretos e outras três mil unidades para fornecedores
de serviços e produtos.
Mais de cinco milhões de
clientes ligados em baixa tensão das 306
cidades de São Paulo, Minas Gerais e Paraná
receberão entre os meses de agosto e outubro
mensagens em suas contas de luz sobre a campanha.
Além disso, vai desenvolver
spots para rádio e um comercial para televisão.
"Nós atuamos num mercado com cerca de
20 milhões de pessoas e sentimos que temos
como atuar de forma positiva para incentivar a redução
no uso dessas sacolas descartáveis",
informou o presidente da Companhia.
Fonte: CPFL Energia