Data 21/09/09 - O Brasil acaba
de dar um importante passo para orientar a expansão
do cultivo da cana para a produção
de etanol e açúcar. Nesta quinta-feira
(17), o governo federal encaminha ao Congresso Nacional
projeto de Lei que proíbe a construção
de novas usinas e a ampliação do plantio
de cana-de-açúcar em qualquer área
de vegetação nativa da Amazônia,
Pantanal e Bacia do Alto
Paraguai. Junto com as Unidades de Conservação
e às terras indígenas, essas regiões
representam 81,5% do território nacional.
Quando somadas essas áreas àquelas
onde não há indicação
ao plantio da cana-de-açúcar, a extensão
salta para 92,5%.
Inovação - As novas
regras de expansão da agroindústria
canavieira serão estabelecidas pelo Zoneamento
Agroecológico Nacional da Cana-de-Açúcar
(Zae Cana). Trata-se de um trabalho pioneiro na
orientação e formulação
de políticas públicas para o setor
sucroenergético. De acordo com o governo
federal, o Zae Cana inova, uma vez que adota critérios
econômicos e sociais que contribuem para um
modelo sustentável de expansão dessa
agroindústria.
Proteção - A proposta
enviada ao Congresso pelo presidente Luiz Inácio
Lula da Silva é fundamentada em diretrizes
que têm o objetivo de proteger o meio ambiente,
conservar a biodiversidade e utilizar, de forma
racional, os recursos naturais. São exemplos
desses novos critérios: opção
por áreas que não necessitam de irrigação
plena e que economizam recursos como água
e energia; adoção de exetensões
com declividade igual ou inferior a 12% que permitem
a mecanização e eliminam a prática
de queimadas nas áreas de expansão;
estimulo à utilização de regiões
já degradadas ou de pastagens para implantação
de novos projetos.
Concessão de crédito
- Além do Projeto de Lei enviado ao Congresso
Nacional, o Presidente Lula assina um Decreto que
institui o ZAE Cana e orienta o Conselho Monetário
Nacional a estabelecer novas condições,
critérios e vedações para o
crédito rural e agroindustrial.
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Pará: Eletronorte estuda
viabilidade de termelétricas
Data 22/09/09 - Eletronorte, Companhia de Gás
do Pará (Gaspará), Termogás
S.A. Mega Brasil Energia S.A. e a Regas Brasil Sul
Ltda assinaram um Termo de Compromisso para análise
da viabilidade técnica e econômica
à construção de duas termelétricas,
um gasoduto e um terminal de regaseificação
de Gás Natural Liquefeito (GNL) no estado
do Pará. Eletrobrás e o governo do
Pará serão os interventores desse
termo.
Cada hidrelétrica, movida
a gás natural, terá capacidade para
produzir 600 MW. O gasoduto ligaria Açailândia,
no Maranhão, a Marabá, e daí
a Vila-do-Conde e Belém. Já o terminal
de regaseificação receberia, num primeiro
momento, o gás liquefeito do mercado internacional
(Trinidad y Tobago é a opção
preferencial, por ficar mais perto do Pará
do que outros produtores) e, num segundo momento,
o gás excedente da exploração
das reservas do pré-sal, no sudeste brasileiro.
Os investimentos previstos são
de R$ 5 bilhões. O prazo máximo para
a conclusão da análise de viabilidade
técnica e econômica é de 24
meses. O presidente da Eletronorte, Jorge Nassar,
avalia que a energia produzida pelas termelétricas
serviria tanto a grandes e pequenos produtores paraenses,
como também de outros estados, vendida por
meio de leilões e distribuída pelo
sistema integrado.
Caso confirmadas, as obras vão
gerar, durante dois anos, em torno de 15 mil empregos
(5 mil diretos e 10 mil indiretos), em todos os
níveis de qualificação.
* Com informações da Eletrobrás
Assessoria de Comunicação
Ministério de Minas e Energia
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Zoneamento agroecológico
vai permitir o plantio de cana em 64 milhões
de hectares
De acordo com o Zoneamento da
Cana (Zae), estarão aptos ao plantio dessa
cultura 64 milhões de hectares. A expansão
da cana-de-açúcar, considerando os
novos critérios, poderá ocorrer em
7,5% do território nacional. Hoje, a área
cultivada ocupa uma área de 8,89 milhões
de hectares (safra/2008), o que representa menos
de 1% do território brasileiro.
O Zae Cana tornará a produção
de etanol ainda mais eficiente, melhorando o comprovado
benefício ambiental da utilização
do biocombustível produzido a partir da cana-de-açúcar.
Segundo a Agencia Internacional de Energia, o etanol
de cana é capaz de reduzir em até
90% a emissão de gases de efeito estufa quando
comparado à gasolina. Cálculos do
Ministério das Minas e Energia apontam que
a utilização de etanol nos últimos
30 anos no Brasil evitou a emissão de 850
milhões de toneladas de CO2.
Com o Zae Cana e as políticas
a ele associadas, o governo federal antecipa medidas
concretas que serão apresentadas na 15ª
Conferência das Partes da Convenção
do Clima das Nações Unidas (COP-15),
que será realizada em dezembro desse ano,
em Copenhague, na Dinamarca.
Medida Complementar - Toda a produção
atual deverá ser adequada até 2017,
garantindo o fim das queimadas em suas áreas.
Essa iniciativa irá permitir a redução
de gases do efeito estufa em uma medida igual à
emissão de seis milhões de toneladas
de CO2 equivalente em relação ao ano
de 2008. A quantidade de CO2 que se evita com a
ausência da queima da palhada na pré-colheita
da cana-de-açúcar equivale a aproximadamente
a 2.220 mil veículos leves, de um total de
15 milhões de veículos a gasolina
presentes na frota de 2008.
Excelência em biocombustível
permite às montadoras desenvolver novas tecnologias
A excelência brasileira
na produção de etanol faz com que
grandes empresas sintam-se seguras para desenvolver
tecnologias que utilizem o biocombustível.
Atualmente, dez montadoras multinacionais produzem
quase 100 modelos diferentes de carros flex no Brasil,
o que o transforma o País detentor da maior
frota deste tipo de veículo no mundo. O etanol
brasileiro é de alta qualidade, aumenta a
potência do veículo em mais de 10%
e não oferece riscos ao motor. Neste ano,
o consumo de etanol superou o da gasolina em veículos
leves no Brasil.
De acrodo com a Associação
Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores
(Anfavea), 88% dos veículos leves vendidos
no Brasil hoje têm motor flex fuel. A perspectiva
é que, em 2014, 65% da frota brasileira será
flex.
Produtividade - A cana-de-açúcar
é plantada no Brasil há 500 anos.
Entretanto, foi após 1975, quando foi lançado
um programa governamental para incentivar o etanol,
que o País começou a trilhar o caminho
da liderança tecnológica no setor
de biocombustível. Hoje, a Nação
detém as melhores técnicas para o
plantio e colheita da cana-de-açúcar.
Com o uso de novas variedades da planta, a produtividade
por hectare passou de 47 toneladas em 1975 para
78 toneladas atuais.
Avanços tecnológicos
na usina permitem extrair 80 litros de etanol de
cada tonelada de cana limpa (sem palha), quando
em 1975 eram produzidos 45 litros por tonelada.
Esse expressivo ganho de produtividade nas etapas
agrícola e industrial fez com que hoje se
produza mais de 7,5 mil litros de etanol por hectare
de cana colhida, contra três mil em 1975.
Todos os equipamentos das usinas foram desenvolvidos
e produzidos no Brasil.
*Com informações do Em Questão
Ministério de Minas e Energia
Assessoria de Comunicação