6 de Outubro de
2009 - Vladimir Platonow - Repórter da Agência
Brasil - Rio de Janeiro - A secretária de
Ambiente do Rio, Marilene Ramos, afirmou hoje (6)
que as águas da Baía de Guanabara
estarão com uma qualidade bem melhor do que
a atual até as Olimpíadas de 2016.
Para isso, o governo do estado espera investir R$
2,2 bilhões no tratamento de esgotos de toda
a região metropolitana até 2013, que
passará dos atuais 33% dos resíduos
líquidos tratados para 60%.
“Pretendemos apoiar o Comitê
Olímpico e as prefeituras que estarão
envolvidas com o projeto para que o legado ambiental
seja uma das heranças mais expressivas das
Olimpíadas. Eu tenho certeza de que teremos
a alegria de chegar em 2016 com uma Baía
de Guanabara bastante limpa”, afirmou Marilene.
Segundo ela, os investimentos
também vão se refletir na melhoria
de qualidade da água do sistema lagunar da
Barra e de Jacarepaguá, assim como já
feito com a Lagoa Rodrigo de Freitas, que atualmente
apresenta índices de poluição
bastante baixos.
“A questão ambiental não
fica somente no âmbito da prefeitura do Rio
de Janeiro. São problemas regionais e metropolitanos
que precisam ser enfrentados”, disse a secretária,
durante o lançamento do projeto de gestão
integrada da Baía da Ilha Grande, em Angra
dos Reis.
O projeto prevê investimento
de R$ 16,8 milhões para a região,
que apesar de ainda ter uma boa cobertura florestal,
é bastante afetada pela ocupação
humana, o que se reflete em um forte processo de
especulação imobiliária e consequente
devastação ambiental. Além
disso, ali também estão localizadas
as usinas nucleares Angra 1 e 2 e futuramente Angra
3.
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Seminário no Rio marca
reinício das obras de Angra 3
2 de Outubro de 2009 - Alana Gandra
- Repórter da Agência Brasil - Rio
de Janeiro - O reinício formal das obras
da Usina Nuclear Angra 3 será marcado hoje
(2) pela assinatura da primeira ordem de serviços
do contrato de construção civil. A
solenidade ocorrerá durante o seminário
Energia Nuclear: Desmistificação e
Desenvolvimento, promovido pela Eletronuclear na
Associação Comercial do Rio de Janeiro
(ACRJ).
Para o assessor da presidência
da Eletronuclear Leonam dos Santos Guimarães,
o documento representa não apenas a retomada
de Angra 3. “Mais do que a retomada de Angra 3,
ele marca a retomada do programa nuclear brasileiro.
Acho que o símbolo é mais forte”,
disse ele, em entrevista à Agência
Brasil.
A ordem de serviço inclui
todo o trabalho que vai ser realizado no próximo
trimestre. Já foi feita a regularização
do terreno e, no momento, cerca de 600 pessoas estão
envolvidas nas obras de impermeabilização,
que antecedem a concretagem do marco zero da construção.
O marco zero é o primeiro
lançamento de concreto na laje de fundação
do edifício do reator, explicou Leonam dos
Santos. O evento está programado para o dia
1º de dezembro deste ano, na Central Nuclear
Almirante Álvaro Alberto, no município
de Angra dos Reis, na costa verde fluminense.
Leonam dos Santos estimou que
até o fim do ano o número de operários
envolvidos na obra deve aumentar para 1.000, sendo
que o pico de contratações será
registrado em 2010/2011. Segundo ele, a expectativa
é de ter em torno de 5 mil pessoas trabalhando
no canteiro de obras. “Nós temos o compromisso
de que só se traz mão de obra de fora
da região se não houver disponibilidade
de trabalhadores na localidade”. Os profissionais
mais qualificados serão a exceção.
Nessa etapa inicial, mais intensiva,
o assessor explicou que o nível de qualificação
da mão de obra é menor. A meta é
repetir e, se possível, melhorar, o que foi
feito em Angra 2, quando se atingiu níveis,
na área de construção civil,
de 80% de mão de obra local e, na área
de montagem eletromecânica, de cerca de 65%.
“Eu espero que se consiga mais. De lá para
cá, o município tem mais gente, mais
qualificação. A meta é, no
mínimo, repetir os níveis de Angra
2 mas certamente se espera que sejam maiores”.
A construção de
Angra 3 trará benefícios para o município
fluminense de Angra dos Reis, disse Leonam dos Santos.
Entre elas, ele citou a vantagem fiscal. “O município
vai quase dobrar a arrecadação do
Imposto sobre Serviços (ISS), porque todos
os serviços prestados, ligados à obra
e à atividade de engenharia, recolhem o ISS”.
A verba de R$ 150 milhões,
referente à contrapartida da Eletronuclear
à prefeitura de Angra pela concessão
da licença de uso do solo para a construção
da usina, deverá começar a ser liberada
em 2010. Os recursos serão investidos pelo
município, prioritariamente, nas áreas
de saúde, saneamento e educação.
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Minc e Cabral inauguram subsede
do Parque Estadual da Pedra Branca
17 de Outubro de 2009 - Paulo
Virgílio - Repórter da Agência
Brasil - Rio de Janeiro - O ministro do Meio Ambiente,
Carlos Minc, e o governador Sergio Cabral participaram
hoje (17) da inauguração da subsede
do Parque Estadual da Pedra Branca, em Realengo,
na zona oeste do Rio. No local, funcionará
também um novo posto do Corpo de Bombeiros,
que terá a função de combater
incêndios e ajudar na luta contra o desmatamento
da área. Considerado a maior floresta urbana
do mundo, o parque possui 12.500 hectares de Mata
Atlântica e abriga o ponto culminante do município
do Rio de Janeiro, o Pico da Pedra Branca, com 1.024
metros de altitude.
Os bombeiros também vão
auxiliar na retirada de 40 famílias que ocupam
irregularmente a área do parque. As obras
de recuperação já realizadas
incluem a construção de um parque
para as crianças dos bairros que rodeiam
a unidade de conservação e o plantio
de 10 mil mudas para substituir a área florestal
que havia sido destruída.
Durante a solenidade, Carlos Minc
disse que o Ministério do Meio Ambiente e
o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) planejam
nos próximos meses outras campanhas de reflorestamento
do Parque da Pedra Branca. “Isso aqui tava um horror.
Bandidagem, resto de carro, depósito de tudo
que era coisa ruim. O estado, junto com a área
do meio ambiente, está recuperando a área
verde e isso a gente vai fazer em todos os parques,
tanto os que já existem como os que estão
sendo criados”, afirmou.
Já o governador Sérgio
Cabral anunciou que a Secretaria Estadual de Habitação
cedeu um horto que possui na Vila Kennedy para a
produção de mudas, que serão
usadas no reflorestamento do parque. Cabral, que
não tinha visitado o parque antes das obras
de recuperação, revelou que ficou
impressionado em ver nas fotos o que era antes o
local e o que é agora. “É importante
que a população cuide e que os grupos
ambientais continuem trabalhando”, disse.
Na cerimônia, também
estiveram presentes a secretária estadual
do Ambiente, Marilene Ramos, e os presidentes do
Inea, Luiz Firmino Pereira, e da Assembléia
Legislativa do Rio, Jorge Picciani.