A Ilha do Mel é uma formação
geológica localizada no litoral do Paraná
e que possui um Zoneamento Ecológico e de
uso público. Para que se tenha uma ideia,
apenas 5% da superfície da Ilha do Mel é
habitada. Os demais 95% constituem uma estação
ecológica, englobando manguezais, restingas,
formações geológicas e
brejos litorâneos e caxetais. As áreas
de preservação possuem como entorno
belíssimas praias e atrativos turísticos,
como a Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres,
o Morro do Farol e a Gruta das Encantadas.
“Estes atrativos transformaram
a Ilha do Mel, ao longo dos anos, num dos pontos
mais visitados por turistas no Paraná”, destacou
o coordenador do IAP na Ilha do Mel, Paulo Nogueira.
No ano de 1982, o serviço
de patrimônio da união transferiu a
administração da Ilha do Mel, por
aforamento, ao Estado do Paraná, com a condição
de que fosse instituída Unidade de Conservação
que protegesse os seus ecossistemas naturais.
São duas as unidades de
conservação que têm por objetivo
a preservação do ambiente natural.
O parque, além da preservação,
permite a visitação pública,
a educação ambiental, o lazer ordenado
e a pesquisa científica. A Estação
Ecológica, mais restritiva prioriza a preservação
e a pesquisa científica, sendo que a visitação
pública para educação ambiental
só é permitida mediante a autorização
expressa do IAP.
INFORMAÇÕES ÚTEIS
- É importante que seja conferido o número
de pessoas que já estão na Ilha do
Mel antes da sua viagem, pois a Ilha possui capacidade
para receber apenas cinco mil pessoas ao dia.
Os terminais de embarque, em Pontal
do Sul e Paranaguá, controlam o fluxo de
turistas na Ilha diariamente, sendo que o valor
da passagem e da taxa de visitação
é de R$ 24,00. Neste preço está
incluso a ida e a volta como também, a taxa
para o município de Pontal do Paraná
fazer a manutenção das vias de acesso
e Terminal de Embarque.
A responsabilidade da travessia
é da Associação dos Barqueiros
do Litoral e os barcos partem de meia em meia hora
na alta temporada, das 8h00 às 20h00.
Telefones Úteis: Terminal
de embarque (Pontal do Sul): 41 3455-1144 Batalhão
Polícia Florestal - Força Verde: 41
3426-8004 (Brasília) - 3426-9085 (Encantadas)
IAP: 41 3426-8005.
+ Mais
Política agroecológica
paranaense é destaque em congressos
As políticas e experiências
do Paraná na produção agrícola
sustentável foram o destaque das discussões
desta quarta-feira (11), durante o 6º Congresso
Brasileiro de Agroecologia e o 2º Congresso
Latino-Americano de Agroecologia, realizado em Curitiba.
O estado é a principal referência em
pesquisa, extensão e produção
agroecológica, modo de produção
agrícola que respeita as condições
ambientais.
Atualmente, existem 370 mil propriedades
rurais em todo Paraná, sendo que, 5,3 mil
agricultores adotaram a agroecologia como modo de
produção, numa média de 2,4
hectare por agricultor. “A agroecologia é
uma integração de vários conhecimentos:
ambientais, agrícolas, culturais, antropológicos
e técnicos. E, no Paraná, estamos
modificando o jeito tradicional de agricultura para
uma agricultura sustentável”, disse o secretário
do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues.
Duas experiências paranaenses,
contudo, foram lembradas pelos participantes dos
congressos. A primeira foi a criação
dos módulos agroecológicos em todo
o estado, através do Programa Paraná
Biodiversidade, que capacitou mais de 5 mil pequenos
agricultores. Também tiveram destaque cursos
e seminários sobre a prática do modelo
agroecológico, que somente em 2009 tiveram
a participação de 3,5 mil estudantes
em várias universidades do estado.
Para o presidente da Associação
Brasileira de Agroecologia (ABA), Francisco Caporal,
o sucesso da política paranaense é
decorrente da integração de diversos
setores que perceberam a necessidade de alterar
o modelo de produção. “Vejo que o
Paraná não é vanguarda por
acaso, pois começou a perceber a necessidade
de mudança na produção agrícola
há muito tempo. Primeiro foram os movimentos
sociais, ONGs e depois com as instituições
do governo estadual. Ou seja, a integração
destes setores colaborou para que o Paraná
tenha, hoje, a maior jornada agroecológica
do Brasil”, disse.
Um outro marco apontado pelo coordenador
de Agroecologia da Secretaria do Meio Ambiente,
Enio Goss, para o desenvolvimento da agricultora
sustentável foi a criação,
em 2005, do Centro Paranaense de Referência
em Agroecologia (CPRA). “O grande passo foi criarmos
uma autarquia, a primeira e única do país,
que cuida de assunto da agroecologia, principalmente,
em pesquisa, extensão e ensino”, afirmou.
Já o presidente do CPRA,
Airton Brisolla, acredita que o centro tornou-se
referência graças a uma ampla rede
de interessados pelo tema. “Recebemos no CPRA estudantes
de todas as partes do Brasil, somos humildes em
dizer que o sucesso do centro se deve aos esforços
de uma rede (movimentos sociais, cooperativas, universidades)
que acreditam na possibilidade de equilíbrio
na produção agrícola”.
Entre as universidades parceiras
do CPRA está a Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC). “Há um engajamento no Paraná
de defesa da agroecologia, um envolvimento concreto.
As lutas contra a entrada dos transgênicos
demonstraram um pouco do comprometimento que o Estado
tem na condução de uma agricultura
verdadeiramente sustentável”, afirmou o professor
Doutor da UFSC, Jucinei Comin.
AGRONEGÓCIO – Durante os
Congressos Brasileiro e Latino-Americano houve também
debates acerca da adoção da agroecologia
para o agronegócio. Estima-se que no Brasil
apenas 30% das terras agrícolas estão
nas mãos dos pequenos agricultores (agricultura
familiar) e, mesmo assim, são eles que produzem
mais de 70% do que os brasileiros consomem, garantindo
assim, a soberania alimentar.
No Paraná, 83% das propriedades
rurais têm menos de 50 hectares. Segundo Airton
Brisolla, a prática do modelo agroecológico
ainda não encontra espaço no agronegócio.
“A agricultura sustentável tem como um dos
seus alicerces à produção diversificada,
já o agronegócio sempre praticou a
monocultura, onde apenas um produto é produzido,
em grande escala, para exportar e lucrar. A agroecologia
significa produzir e consumir equilibradamente”,
afirmou.