Panorama
 
 
 

ANTECIPAÇÃO DO FIM DA QUEIMA DA CANA RESULTA
EM REDUÇÃO SIGNIFICATIVA DE EMISSÕES DE CO2

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Novembro de 2009

26/11/2009 - Para cada hectare de cana-de-açúcar que deixou de ser queimada e passou a ser colhida com máquinas, evita-se a emissão de 622 quilos de dióxido de carbono equivalente – CO2e. A unidade é calculada com a finalidade de equiparar a proporção de aquecimento que os diferentes gasesde efeito estufa causam no planeta. Com a antecipação do fim da queima da palha da cana-de-açúcar, evita-se a emissão anual de 550 mil toneladas de CO2e. Este ganho só se tornou possível devido à adesão de 85% das usinas paulistas ao Protocolo Agroambiental, produto do Etanol Verde, um dos 21 Projetos Ambientais Estratégicos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SMA.

De acordo com o secretário estadual do meio ambiente, Xico Graziano, para a execução da gestão ambiental são necessários cinco pontos. “Inovação tecnológica, afinal não enfrentamos as mudanças climáticas sem isso, energias renováveis, que é a grande vantagem do Brasil, economia verde, que representa um novo patamar de produção, ativismo do estado, pois os governos têm que ativos na agenda ambiental e desenvolvimento sustentável na prática, que é o grande desafio”, declarou.

Para o presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar – Unica, Marcos Jank, diversas usinas signatárias utilizam os dados do Protocolo Agroambiental para comprovar sua sustentabilidade para os mercados nacional e estrangeiro. “São Paulo tem a oportunidade de depender menos da energia das hidrelétricas com o melhor aproveitamento da palha na geração de bioenergia”, destacou. Jank lembrou que os usineiros e produtores de cana estão alinhados com os compromissos da agenda ambiental. “O plano estadual de mudanças climáticas é inovador e ousado, e o setor está comprometido em cumprir com as metas estabelecidas nele”.

O secretário estadual de agricultura e abastecimento, João Sampaio, disse que o protocolo marca um novo modelo de relacionamento entre o setor produtivo e o governo. “Esse protocolo deixou de ser só da agenda ambiental e passou a ser da agenda de produção”, assinalou. De acordo com os dados divulgados, cerca de 2 milhões de toneladas de CO2e foram mitigadas em 2009 pela cogeração de bioenergia a partir do bagaço da cana. O setor prevê que até o final de 2017 serão mais de 32 mil hectares de matas ciliares recuperados e 50 milhões de mudas plantadas.
Texto: Valéria Duarte Fotografia: José Jorge

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Municípios da Grande São Paulo debatem inspeção veicular obrigatória

25/11/2009 - Após o envio, à Assembleia Legislativa, do Projeto de Lei que instituiu o Programa de Inspeção e Manutenção Veicular em todo o Estado, o secretário do Meio Ambiente, Xico Graziano, se reuniu na manhã desta quarta-feira, 25.11, com os representantes das cidades que compõem o Comitê Metropolitano Ar Limpo – COMAR. O objetivo do encontro foi debater com as cidades da Grande São Paulo planos e medidas para o controle de poluição para veículos, bem como a viabilidade e os recursos necessários para se implementar os programas de inspeção nos municípios. A reunião contou com a presença dos secretários municipais de Meio Ambiente de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá e Osasco e do representante da secretaria do Verde e do Meio Ambiente da capital, Marcio Schettino, que compartilhou com os presentes a experiência da única cidade paulista que já tem um programa de inspeção veicular.

“A ideia da reunião é começar a se discutir e estudar a forma de implementação da inspeção veicular mesmo antes do Projeto de Lei ser aprovado pela Assembleia Legislativa”, explicou Graziano, confiante de que a agenda da poluição atmosférica deve caminhar paralelamente às discussões entre os deputados estaduais.

Municípios como os da Grande ABCD, Osasco e Mauá são prioritários na implantação da inspeção por já apresentarem índices preocupantes de qualidade do ar, além de terem uma frota que circula constantemente na capital, onde a inspeção é obrigatória. Além disso, os municípios da Grande ABCD, por exemplo, já firmaram consórcio entre si para implementarem juntos um programa de inspeção.

Os participantes do encontro também aproveitaram a reunião para tirar dúvidas com o representante da capital e coordenador do Programa de Inspeção Veicular da Secretaria do Verde, Marcio Schettino, que detalhou como é feito esse trabalho no município e as dificuldades que tiveram na implementação e consolidação do Programa.

A cidade de São Paulo realiza, hoje, 7 mil inspeções por dia. Schettino afirma que a adesão desse programa chega a 80%. O representante da capital destacou, ainda, que é importante que se façam leis adequadas com respaldo federal e estadual, que se preocupem no que diz respeito à fiscalização e estender a fiscalização para os órgãos de transito. “Nós não conseguimos fazer a fiscalização somente no âmbito da pasta de meio ambiente”, alertou.

Outra discussão foi sobre o valor a ser pago pela população para se fazer a inspeção veicular. Conforme o Projeto de Lei, 10% do valor arrecadado deverá ser destinado ao Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição – FECOP. Mas, os valores a serem cobrados deverão ser definidos em leis municipais aprovadas pelas câmaras de cada município.

Sobre o COMAR
Composto por oito municípios da Região Metropolitana da São Paulo (RMSP) – Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Osasco, Guarulhos e a capital, São Paulo -, o COMAR tem como finalidade formar as prioridades e metas estabelecidas a partir do plano de ação para a gestão da qualidade do ar, possibilitando aos governos municipais e estaduais a implantação de políticas públicas que melhorem a qualidade de vidas dos cidadãos da RMSP.
Texto: Evelyn Araripe e Danilo Netto Fotografia: José Jorge

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Avanços na gestão da APA de Itupararanga são destaques na abertura de seminário de pesquisa

26/11/2009 - “A APA de Itupararanga é um laboratório de boas experiências”. Essa foi a definição dada pelo diretor-executivo da Fundação Florestal do Estado de São Paulo - FF, José Amaral Wagner Neto, durante a abertura, em 25.11, do I Seminário de Pesquisa da Área de Proteção (APA) de Itupararanga, em Ibiúna. A afirmação é resultado dos avanços conseguidos na gestão da Unidade de Conservação - UC pela participação de entidades da sociedade civil em seu Conselho Consultivo, a conclusão de seu Plano de Manejo e o interesse pelo desenvolvimento de pesquisas na região.

Wagner Neto destacou também os três princípios orientadores do Plano de Manejo da APA de Itupararanga que servirão de base para a elaboração do documento das outras Áreas de Proteção Ambiental: a implantação de boas práticas agrícolas e a recuperação de APPs - áreas de Preservação Permanente-, o turismo sustentável e a proteção da biodiversidade e dos recursos hídricos. “Conseguimos deixar claro esses três objetivos, o que garantirá que o Plano não fique no papel”, afirmou. Atualmente, o Plano de Manejo da APA de Ituparanga está em análise no Conselho Estadual do Meio Ambiente - Consema.

O seminário, promovido pela FF, órgão vinculado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SMA, responsável pela gestão das Unidades de Conservação, em parceria com o Comitê de Bacias Hidrográficas dos Rios Sorocaba e Médio Tietê - CBH SMT, a Universidade Federal de São Carlos - UFSCar e a SOS Itupararanga, foi organizado para divulgar trabalhos e pesquisas desenvolvidos por profissionais da FF e de universidades, além de debates envolvendo representantes da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - Cetesb, do CBH SMT e da Companhia Brasileira de Alumínio - CBA.

Na abertura do evento estiveram presentes o prefeito de Ibiúna, Coiti Muramatsu, a diretora da ONG SOS Itupararanga, Viviane Rodrigues de Oliveira e o secretário-executivo CBH SMT, Sétimo Marangon. Para Muramatsu, a pluralidade de entidades e órgãos públicos engajados nos trabalhos de gestão da APA é sinal do interesse da comunidade pelo uso sustentável dos recursos naturais. “Esse é um conceito novo e que está cada vez mais ganhando espaço”, salientou.

O envolvimento de atores sociais realmente interessados nas atividades da APA também foi destacado por Viviane. “Participo desde o primeiro Conselho Consultivo, formado ainda em 2004, mas só agora, no terceiro, estamos com um grupo realmente consciente da importância desse trabalho. Lutávamos muito contra o esvaziamento no início desse processo”, disse a representante da SOS Itupararanga. A primeira palestra foi realizada pela gerente de Proteção e Recuperação Ambiental da FF, Claudette Marta Hahn, que fez um resumo das atividades da Fundação Florestal e da situação das APAs no Estado. Em seguida, a gestora da APA de Itupararanga, Sandra Beu, detalhou os trabalhos desenvolvidos na região e destacou o principal desafio para o futuro: implementar o Plano de Manejo após sua aprovação.

As palestras do seminário abordam também a recuperação florestal no entorno do reservatório da usina hidroelétrica de Itupararanga, a produção de mudas e a coleta de sementes de espécies nativas, os aspectos históricos e ambientais da represa, a avaliação do uso e da ocupação do solo, entre outros temas. Uma mesa-redonda também foi organizada para debater os atuais e futuros desafios na gestão da APA.

Aniversário da APA
Após o término do seminário, em 26.11, as atenções dos moradores da região estarão voltadas para os festejos em comemoração ao aniversário da APA, que foi criada em 1° de dezembro de 1998. Dia 27.11, na Praça da Matriz, no centro de Ibiúna, serão realizadas apresentações de músicos e grupos artísticos da região, o resultado do concurso para eleger a árvore-símbolo de Ibiúna - a disputa está entre o ipê-amarelo, o pau-cigarra e o jacarandá - e uma caminhada ecológica pela cidade com moradores e mais de 600 crianças. Mais informações sobre a programação podem ser conseguidas pelos telefones (15) 3248-9944 (Secretaria do Meio Ambiente de Ibiúna) ou (15) 3248-3219 (SOS Itupararanga).

A APA de Itupararanga
A Área de Proteção Ambiental de Itupararanga foi criada pela Lei Estadual n° 10.100 de 1998, objetivando o uso sustentável e a conservação ambiental de seu território. Sua área abrange a região da bacia hidrográfica formadora da represa de Itupararanga, compreendida pelos municípios de Alumínio, Cotia, Ibiúna, Mairinque, Piedade, São Roque, Vargem Grande Paulista e Votorantin.
A APA tem 936,51 km², com a represa ocupando 29,9 km² desse total. A criação dessa UC na bacia hidrográfica do Alto Sorocaba foi necessária por causa das pressões que a região sofre, principalmente, pelo avanço de loteamentos em áreas de grande fragilidade ambiental e o uso agrícola intenso com utilização de agrotóxicos.

A bacia hidrográfica da represa de Itupararanga está localizada a poucos quilômetros da região metropolitana de São Paulo, sendo responsável pelo abastecimento de 63% da população residente na região e pela geração de energia elétrica à CBA.
Texto: Dimas Marques Fotografia: Dimas Marques


 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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