Data 26/11/09
- Especialistas de diferentes setores da área
energética discutiram sobre a implantação
de usinas nucleares no Brasil para geração
de energia, durante o seminário “Programa
Nuclear Brasileiro: Autonomia e Sustentabilidade
do País”. O seminário aconteceu nesta
terça-feira (24), no auditório Freitas
Ramos, na Câmara dos Deputados. O evento contou
com a presença do secretário-adjunto
de Planejamento e Desenvolvimento Energético
do Ministério de Minas e Energia, Paulo Altaur.
O secretário destacou que
o Plano Nacional de Energia – PNE 2030 – aponta
cenários de implantação entre
4.000 e 8.000 MW de usinas termonucleares até
o ano de 2030. Depois da construção
da usina de Angra III, as duas próximas unidades
estão previstas para a região Nordeste,
devendo a localização destas usinas
sair até o próximo ano. Paulo Altaur
destacou a matriz energética do Brasil, apontando
ser ela uma das mais limpas do mundo, com 45,9 %
de fontes renováveis. Ele ressaltou ainda
o esforço que está sendo feito no
sentido de promover um mercado sustentável
para fontes alternativas de energia com sinergia
das políticas energética e industrial.
Outro ponto apresentado foi o
fato da energia nuclear beneficiar tanto o setor
de geração de energia como áreas
da medicina (radiofarmacos), contribuindo para melhorar
a tecnologia na saúde, combustíveis
e segurança.
O presidente das Indústrias
Nucleares do Brasil, Alfredo Tranjan Filho, disse
que, com as centrífugas, o país poderá
produzir todo o urânio enriquecido para abastecer
as três usinas de Angra, no Rio de Janeiro.
O MME e a Eletronuclear estudam a localização
das quatro novas usinas que deverão ser instaladas
no Nordeste e no Sudeste.
O presidente da Comissão
Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Odair Gonçalves,
pediu apoio aos deputados que participaram do seminário
para que seja criada uma agência reguladora
para o setor, além de uma política
nacional para evitar mudanças de rumos em
relação ao que está sendo planejado.
Durante o evento foi lançada
a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Programa
Nuclear Brasileiro (PNB), que pretende assegurar
a continuidade e o incremento do PNB.
Alternativa nuclear
A energia nuclear é apontada por especialistas
como uma alternativa economicamente viável
e ambientalmente sustentável para suceder
os combustíveis fósseis, como o petróleo
e o carvão, ao longo deste século.
Com apenas um terço do
território prospectado, o Brasil já
detém a sexta maior reserva de urânio
do mundo, de acordo com dados da Associação
Brasileira de Energia Nuclear (Aben). Além
disso, o País domina o ciclo completo do
combustível nuclear com tecnologia de ultracentrifugação.
O país está entre os sete países
do mundo que têm conhecimento e meios para
gerar energia elétrica de fonte nuclear.
Meio ambiente
Em relação aos problemas ambientais,
Odair Gonçalves afirmou que a tecnologia
atual é segura e a energia nuclear é
a que menos emite gases do efeito estufa. Já
o secretário adjunto de Planejamento do MME,
Paulo Altaur, disse que o país precisa dobrar
sua capacidade de geração energética
até 2030. Neste cenário, a energia
nuclear teria um papel muito importante, pois apresenta
atratividade econômica para geração
na base, além de não emitir gases
de efeito estufa.
Assessoria de comunicação
Ministério de Minas e Energia
+ Mais
Brasil e Suécia vão
ampliar intercâmbio em renováveis
Data 26/11/09 - Estocolmo – Os governos do Brasil
e da Suécia estão dispostos a ampliar
o intercâmbio de informações
sobre produção e uso sustentável
de energia, a partir de fontes renováveis,
incluindo biomassa e outras áreas de interesse
relacionadas com o tema.
Em reunião com a vice-Primeira
ministra e Ministra dos Negócios e Energia
da Suécia, Maud Olofsson, na capital sueca,
nesta quinta-feira (26), o ministro de Minas e Energia,
Edison Lobão, concordou em dar conseqüência
a um memorando de entendimento celebrado em 2007.
O documento visa a manter a cooperação
entre os dois países, com vistas à
utilização de tecnologias na área
de bioenergia, inclusive biocombustíveis,
e ao estabelecimento de um mercado mundial para
biocombustíveis.
Lobão, que deve retornar
nesta sexta-feira (27) ao Brasil, foi recepcionado
na Suécia pela ministra do Comércio
do Ministério de Negócios Estrangeiros,
Ewa Bjorling, e nesta quarta, à frente de
uma comitiva formada por representantes dos governos
de Minas Gerais e São Paulo, inclusive a
vice-prefeita da capital paulista, Alda Marco Antonio,
visitou o modelo sueco de Cidade Sustentável,
em Hammarby Sjostad, nas imediações
de Estocolmo.
No Ministério dos Negócios,
Energia e Comunicações, Edison Lobão
participou de mesa-redonda organizada pelo Swedish
Trade Council, com a presença de indústrias
suecas, empresas e investidores dos setores de mineração
e energia interessados em ampliar seus investimentos
no Brasil. Em seguida, o ministro visitou uma unidade
industrial de produção de energia
a partir de resíduos, em Sodertalje.
No último dia de sua visita
oficial à Suécia, para a qual foi
convidado juntamente com prefeitos de várias
capitais brasileiras, o ministro Edison Lobão
terá encontros com representantes de universidades
e instituições acadêmicas que
trabalham com pesquisas de ponta em energias renováveis.
O encontro foi organizado pela Agência de
Energia da Suécia.
Assessoria de comunicação
Ministério de Minas e Energia