27/11/2009 - As crianças
da região de Cubatão e Paranapanema
têm um novo espaço para brincar e aprender
a cuidar do meio ambiente.
O núcleo itutinga Pilões, do Parque
Estadual da Serra do Mar – PESM, e a Estação
Ecológica de Paranapanema receberam nos dias
27 e 26/11, respectivamente, Bob Água, Frida
Flor, Nika Valente, Max Limpo, Fred Fauno e Mel
Mocinha, além de Poli Vigarista e Dick Poluição
para a inauguração dos dois novos
espaços do Criança Ecológica
– Floresta Legal.
Parte integrante dos 21 projetos Ambientais Estratégicos
da Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SMA, o
Criança Ecológica tem o objetivo de
informar e sensibilizar as crianças do 5
º ano do Ensino Fundamental I sobre os conceitos
básicos da agenda ambiental, visando a mudança
de comportamento, tornando-os verdadeiros agentes
da sociedade sustentável. Os locais são
pedagogicamente preparados para receber as excursões
de alunos, que ganham um exemplar do livro "Criança
Ecológica – Sou dessa turma", no qual
os personagens ensinam os leitores mirins o que
é biodiversidade, a importância das
matas ciliares e como devemos usar a água
sem desperdiçar, entre outros conceitos indispensáveis
a uma vida sustentável no Planeta.
Para Malu
Freire, coordenadora de educação ambiental
da SMA e gerente do projeto, o empenho do secretário
Xico Graziano tem sido vital para o fortalecimento
da educação ambiental no Estado de
São Paulo. Disse ainda que quando há
o trabalho em parcerias, “os resultados são
mais rápidos e mais eficazes. Nós
temos que aprender a atuar com um novo paradigma,
com políticas públicas”, afirmou.
Paranapanema
O prefeito do município de Paranapanema,
Johannes Cornelis van Melis, disse que a prefeitura,
por meio de sua secretaria de meio ambiente, contribuirá
efetivamente para o bom andamento do projeto, “pois
nós acreditamos que o futuro dependerá
das crianças”.
Rodrigo Vitor, diretor do Instituto Florestal –
IF, agradeceu o empenho do município e afirmou
que o IF tem a responsabilidade no desenvolvimento
de políticas que conciliem a proteção
dos remanescentes naturais e a recuperação
de áreas degradadas, ação indispensável
para o desenvolvimento social e econômico
do Estado. “Empenharemos também para que
a estação contribua na formação
e no despertar da consciência ambiental dessa
nova geração”, disse.
Em Paranapanema,
cerca de 60 crianças das escolas municipais
Daisy Espolaor Trevisani e José Gonçalves
Mendes se encantaram com a turma do Criança
Ecológica. O evento contou também
com a apresentação do coral, composto
por 29 crianças, do projeto “Mãos
do Futuro”.
Cubatão
No Parque Estadual da Serra do Mar o coral Cubatão
Sinfonia e as crianças da Escola Municipal
José Júlio Martins Bapstista, de Praia
Grande, cantaram o hino da Criança Ecológica
e se divertiram com os personagens. Para Lafaiete
Alarcon da Silva, gestor do núcleo, é
um imenso prazer receber o projeto. “É um
desafio para nós, mas a família Itutinga
Pilões se dedicou ao máximo para que
tudo desse certo, já que a nossa razão
de ser são as crianças”, disse.
As crianças também se divertiram com
o teatro de marionetes, no qual Bob Água
e Frida Flor contaram a importância da preservação
da Mata Atlântica. A coordenadora do Criança
Ecológica na Fundação para
a Conservação e a Produção
Florestal – FF, Adriana Neves, o projeto é
essencial para o núcleo. “Somente com a educação
ambiental a gente consegue minimizar, ou então
resolver, os tantos conflitos que enfrentamos, principalmente
nessa região”, declarou.
Malu Freire enfatizou o papel das crianças
no futuro das áreas protegidas. “Vocês
moram em lugares em que a natureza é muito
preservada. Se não tiver essa serra, Cubatão
vai ser rainha de quê?”, questionou às
crianças fazendo uma referência ao
hino da cidade, o qual nomeia Cubatão rainha
da serra.
Pesquisa e conservação
Responsável pelo gerenciamento
das Unidades de Conservação e pela
elaboração e implementação
das políticas relacionadas a essas áreas,
o Instituto Florestal assume papel importante e
estratégico na gestão ambiental do
Estado de São Paulo, salvaguardando a biodiversidade
de aproximadamente 50% dos atuais remanescentes
paulistas do bioma Mata Atlântica além
de outros ecossistemas.
A atividade de gestão se traduz no desenvolvimento
de programas de pesquisas, de monitoramento, de
fiscalização, de visitação
pública, de extensão e educação
ambiental, nas áreas sob sua administração,
as quais somam cerca de 900 mil hectares, incluindo
Unidades de Proteção Integral e de
Uso Sustentável, que visam, respectivamente,
a conservação dos ecossistemas naturais
representativos do Estado e o manejo de florestas
plantadas.
O desafio inclui também assegurar os direitos
e o desenvolvimento das comunidades tradicionais
caipiras, quilombolas e caiçaras, habitantes
das áreas naturais, cujas políticas
devem respeitar às peculiaridades culturais
inerentes a elas, bem como aprimorar um modelo de
gestão compartilhada envolvendo os diversos
seguimentos da sociedade e do governo que de forma
direta ou indireta são co-responsáveis
e interessados na manutenção do patrimônio
natural e cultural inseridos nas Unidades de Conservação
e suas respectivas áreas de entorno.
Texto: Rosely Ferreira e Valéria Duarte Fotografia:
Rosely Ferreira e Pedro Calado