29/06/2010 - 14:53
As cavernas e as formações rochosas
de calcário esculpidas pela ação
das águas, denominadas carstes, constituem
a grande atração do Parque Estadual
Turístico do Alto Ribeira – PETAR, no Vale
do Ribeira, atraindo grande número de visitantes,
todos os anos.
A informação é da coordenadora
do Projeto de Ecoturismo da Secretaria do Meio Ambiente
do Estado - SMA, Anna Carolina Lobo, durante reunião
do Conselho Estadual de Monumentos Geológicos
– CoMGeo-SP, da qual é conselheira. Segundo
a técnica, com o desenvolvimento do Programa
Trilhas de São Paulo, da SMA, o número
de visitantes aumentou 10% no último ano.
Relatórios periódicos
sobre a opinião dos visitantes revelam um
grande índice de aprovação,
especialmente em relação à
conservação do patrimônio natural.
O sítio, que é um dos cinco Monumentos
Geológicos do Estado de São Paulo,
aprovados pelo CoMGeo-SP, localiza-se dentro do
PETAR, onde é desenvolvido um amplo trabalho
para garantir a sustentabilidade turística.
Entre outras ações, um contrato com
o Serviço Nacional do Comércio - SENAC
promove a capacitação de mais de 500
pessoas de comunidades tradicioanis no entorno da
unidade de conservação, para a prestação
de serviços de recepção, guia,
hospedagem e outros, gerando renda para moradores
da região.
A reunião, realizada no
dia 23 de junho, contou com a participação
do secretário-adjunto do Meio Ambiente, Pedro
Ubiratan Escorel de Azevedo, que na última
segunda-feira, 28.06, tornou-se o titular da pasta.
Rogério Rodrigues Ribeiro, do Instituto Geológico
- IG, secretário-executivo do ComGeo-SP,
coordenou a atividade. O conselho conta ainda com
a participação de representantes de
diversos órgãos do Estado, universidades
e entidades da sociedade civil.
Câmara de Compensação Ambiental
A conselheira Neide Araújo, da Coordenadoria
de Biodiversidade e Recursos Naturais – CBRN, da
SMA, fez uma exposição sobre a Câmara
de Compensação Ambiental – CCA, que
também faz parte da estrutura da secretaria.
A CCA é o órgão que delibera
sobre a destinação de recursos financeiros
provenientes da compensação ambiental
de impactos causados por empreendimentos, e que
poderiam ser pleiteados para ações
de geoconsevação e ecoturismo em geossítios
e monumentos geológicos. Segundo Araújo,
a elaboração da proposta de criação
do Monumento Geológico da Pedra do Baú,
em Atibaia, contou com R$ 50 mil liberados por essa
câmara.
Futuro Monumento
Já a pesquisadora do IG, Annabel Aguilar,
fez um relato da situação do Sítio
Geológico Pavimento Estriado do Guaraú,
em Salto, que está sendo indicado para ser
transformado em monumento geológico. A pesquisadora
apresentou dados sobre a sua importância geológica
e as ações de conservação
empreendidas até o momento.
Segundo Rogério Ribeiro, “há, atualmente,
cinco monumentos geológicos declarados pelo
CoMGeo-SP e, aproximadamente, vinte sítios
em estudos aguardando aprovação”.
Para se tornar um monumento, um sítio deverá
apresentar atributos geológicos relevantes
e ser devidamente estudado e protegido.
Texto: Gabriel Iorio Fotografia: Pedro Calado