23/06/2010 Está no ar o
site www.prosabmicrobiologia.org.br, da Rede PROSAB
Microbiologia para o Saneamento Básico. A
Rede, da qual o Laboratório
de Microbiologia e Parasitologia do Departamento
de Análises Ambientais, da Companhia Ambiental
do Estado de São Paulo – CETESB faz parte
desde 2007, nasceu de uma iniciativa do Programa
Prosab, da Financiadora de Estudos e Projetos –
FINEP, do Ministério da Ciência e Tecnologia,
para viabilizar um sistema de treinamento em protocolos
de relevância para a microbiologia do saneamento
básico.
O lançamento da página
eletrônica ocorreu no dia 18 de junho, na
sede da CETESB, em São Paulo, ao final da
reunião da Rede de Laboratórios Nacionais
de Microbiologia Aplicada ao Saneamento Ambiental
– LNMSA. Integram essa Rede especialistas das universidades
de São Paulo (USP) e de São Carlos
(UFSCar), das universidades federais do Rio de Janeiro
(UFRJ), de Minas Gerais (UFMG) e do Pará
(UFPA), além da CETESB.
Para o lançamento da Rede,
foram convidados representantes de empresas estaduais
de Saneamento (SAPESP, COPASA e SANEPAR), Secretaria
Estadual e Ministério da Saúde e outras
universidades.
Segundo Maria Inês Zanoli
Sato, gerente do Departamento de Análises
Ambientais da CETESB e vice-coordenadora do grupo,
a reunião da LNMSA teve como objetivo principal
a ampliação e sustentabilidade da
rede de laboratórios de referência
em microbiologia e saneamento ambiental. Maria Inês
também lembrou que o início da Rede
PROSAB Microbiologia para o Saneamento Básico,
foi viabilizado no final de 2007 com recursos de
R$ 2 milhões e que “foram convidados, a princípio,
sete laboratórios de destaque no cenário
nacional, na área de microbiologia sanitária
e ambiental, por sua competência técnica,
conhecimento sólido nesse campo e importante
papel na capacidade de formar recursos humanos”.
Esse projeto foi inicialmente idealizado pela Dra.
Rosana Vazoller, atualmente no Instituto Samuel
Gurgel Branco, e Dra. Célia Maria Poppe de
Figueiredo, da FINEP.
Cada laboratório elaborou
um projeto tendo como pano de fundo o estabelecimento
de protocolos analíticos específicos
dentro de suas especialidades, o que formaria o
arcabouço da rede ou o seu núcleo
central. Ao laboratório de Microbiologia
e Parasitologia da CETESB, coube o projeto “Risco
Microbiológico Associado à Água
de Reúso e Lodo de Esgoto: Subsídios
para a Regulamentação de Critérios
Microbiológicos”. Os projetos propostos devem
ser encerrados neste mês de junho e estão
todos praticamente finalizados com uma porcentagem
elevada de atendimento das metas estabelecidas.
“Os resultados obtidos foram significativos e o
grande ganho foi o aprendizado e amadurecimento
do grupo na dinâmica do trabalho em rede.
A produção do grupo foi elevada, o
que pode ser visualizado no site da rede”, afirma.
Outro produto importante disponível
no site são os cursos que serão oferecidos
pela rede tanto na forma presencial como à
distância. A idéia é garantir
a execução desses cursos de treinamento
nos protocolos-alvo do programa de forma descentralizada
e contínua, garantindo um elevado padrão
de qualidade de execução dos mesmos
pelo pessoal dos laboratórios externos treinado
pela rede. Já foram atendidos, em um primeiro
momento, mais de 100 profissionais de Instituições
ligadas aos Projetos PROSAB e a empresas de saneamento.
Esse já foi o primeiro passo de difusão
do conhecimento da rede.
Para o prof. René Peter
Schneider, do Instituto de Ciências Biomédicas
da USP e coordenador da Rede, o grupo se tornou
um ponto de partida importante para a difusão
do uso correto de protocolos de microbiologia para
saneamento básico, tanto para pesquisas quanto
para monitoramento de rotina. Ele saiu otimista
da reunião realizada na sede da CETESB, “porque
mostrou o aumento do interesse no trabalho desenvolvido
pela Rede, tanto pelas empresas de saneamento como
pelos órgãos de normatização
(saúde) e pelos pesquisadores (universidades)”.
Ele frisou que o encontro também serviu para
discutir estratégias de continuidade da Rede:
“Ao contrário dos projetos que estão
sendo concluídos nesta primeira fase, a Rede
precisa continuar. Hoje, recebemos muitas sugestões,
nesse sentido, e estaremos avaliando”.
Com o que concorda o prof. Rafael
Kopschivtz Xavier Bastos, da Universidade Federal
de Viçosa, que juntamente com a Dra. Rosana
Vazoller, atuou como consultor da FINEP no acompanhamento
dos projetos da Rede. “A Rede cumpriu um papel importante
nesses dois anos, no desenvolvimento ou aperfeiçoamento
dos protocolos analíticos de monitoramento
de matrizes ambientais e processos de tratamento
de águas e águas residuárias,
e resíduos sólidos. Outro ponto positivo
foi a formação de uma rede em si,
que proporcionou aos especialistas trabalharem de
forma cooperativa e sinérgica. E agora o
desafio é buscar sustentabilidade para a
Rede”, concluiu.
Conforme Maria Inês, com
o término dos recursos financeiros obtidos
na Encomenda MCT / FINEP, a Rede está iniciando
“um processo árduo da busca de sua sustentabilidade
e ampliação. As iniciativas locais
são mais difíceis, pois a rede tem
uma amplitude federal, sendo de sua importância
para as regiões norte, nordeste e centro-oeste,
mais carentes em laboratórios mais específicos
na área de saneamento ambiental”.
Texto: Mário Senaga
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CETESB instala câmara ambiental
do setor de energia
17/06/2010 A Companhia Ambiental
do Estado de São Paulo – CETESB instalou,
em 16.06, a Câmara Ambiental do Setor de Energia,
em solenidade realizada no Centro de Convenções
do Novo Hotel Center Norte, na capital, durante
o 7º Congresso Brasileiro de Eficiência
Energética.
Essa é a 16ª câmara
instalada pela CETESB, com a finalidade de introduzir
a variável ambiental nas políticas,
planejamento e execução de projetos
dos diversos setores produtivos no Estado, com o
foco no desenvolvimento sustentável.
A nova câmara, que já
tem sua primeira reunião técnica marcada
para o próximo mês de julho, deverá
debater, segundo Zoraide Senden Carnicel, gerente
da Divisão de Coordenação das
Câmaras Ambientais da CETESB, questões
como licenciamento ambiental, compensação,
áreas protegidas, logística de transporte
de energia, ciclo de vida dos sistemas de energia,
eficiência energética, emissões,
produção de petróleo e gás,
gestão de áreas contaminadas, radiações
elétricas e magnéticas, mudanças
climáticas, fontes renováveis e complementares
de energia e matriz energética.
A Câmara Ambiental do Setor
de Energia tem como presidente a diretora do Departamento
de Energia da Federação das Indústrias
do Estado de São Paulo – FIESP, Nadia Taconelli
Paterno, e como secretária-executiva a gerente
do Departamento de Avaliação de Impacto
Ambiental – DAIA da CETESB, Sílvia Romitelli.
Entre os representantes do sistema
ambiental estadual na Câmara, participam ainda:
pela CETESB, Antonio Luiz Lima de Queiroz e Antonio
Vicente Novaes Junior, da Diretoria de Licenciamento
e Gestão Ambiental; Mayla Fukushima e Flávio
Miranda Ribeiro, da Diretoria de Tecnologia, Qualidade
e Avaliação Ambiental; e Rodrigo Cunha,
da Presidência; e, pela Secretaria Estadual
do Meio Ambiente - SMA, Casemiro Tércio Carvalho,
da Coordenadoria de Planejamento Ambiental, e Neide
Araújo, da Coordenadoria de Biodiversidade.
A instalação da
Câmara foi formalizada, na solenidade, com
as assinaturas do presidente da CETESB, Fernando
Rei, do representante da Secretaria Estadual do
Meio Ambiente, Oswaldo Lucon, e da presidente e
da secretária-executiva da câmara de
Energia. Ainda compôs a mesa de autoridades
na cerimônia o presidente da Associação
Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação
de Energia – ABESCO, organizadora do 7º Congresso
de Eficiência Energética, José
Starosta.
Fernando Rei destacou a importância
da criação da câmara lembrando
as dificuldades históricas de diálogo
e convergência entre as áreas de meio
ambiente e de energia, dando como exemplo o fato
de a Agenda 21 não ter um único capítulo
referente à energia, no que diz respeito
à questão da sustentabilidade – a
Agenda 21 foi um dos principais resultados da conferência
mundial Eco-92, no Rio de Janeiro, se constituindo
em um documento de comprometimento geral na busca
de soluções para os problemas sócio-ambientais,
contendo seus temas fundamentais em 40 capítulos.
Segundo o dirigente, agora, através
do diálogo franco e produtivo, por meio da
câmara ambiental, os representantes desses
setores “deverão concretizar um modelo de
entendimento, visando o desenvolvimento sustentável
no Estado de São Paulo”.
A presidente da Câmara e
representante da FIESP recordou que a instalação
da Câmara de Energia vinha sendo objeto de
reivindicação pelo setor energético
no Estado, porém concretizada agora após
um necessário período de planejamento
e estruturação.
Por sua vez, a secretária-executiva
da nova câmara, Sílvia Romitelli, disse
que, ao longo dos anos, os técnicos do sistema
ambiental estadual têm aprendido, junto com
os profissionais do setor energético, a fazer
as avaliações dos impactos ambientais
envolvidos.
“Fizemos juntos projetos de mitigações
de impactos ambientais, alguns reconhecidos internacionalmente,
como o projeto de conservação do cervo-do-pantanal”,
citou, lembrando ainda de uma fase posterior de
evolução do licenciamento ambiental
com os processos das termelétricas.
“Temos vários desafios
pela frente, a Câmara Ambiental é muito
bem-vinda.”, finalizou, expressando a positiva expectativa
pela criação do fórum.
Texto: Mário Senaga