05 de
março de 2013 - Equipes das 37 Coordenações
Regionais, das 12 Frentes de Proteção
Etnoambiental da Funai e do Museu do Índio
participaram da Oficina de Planejamento para
a elaboração do Plano de Trabalho
da Funai 2013, que terminou na última
sexta-feira (1), em Pirenópolis/GO.
Durante cinco dias, os representantes das
unidades descentralizadas puderam pactuar
seus projetos e atividades com os diretores
e coordenadores-gerais da Funai, a fim de
que a instituição trabalhe de
forma articulada e alcance os objetivos e
metas estabelecidos no Plano Plurianual (PPA)
2012-2015.
A presidenta da Funai, Marta
Maria Azevedo, que participou das reuniões
de trabalho durante toda a semana, considerou
o momento histórico para a Funai. “É
um movimento para a melhoria da gestão
e atuação do órgão,
principalmente nas pontas, com um planejamento
pactuado, levando em conta a inclusão
dos povos indígenas nas políticas
públicas e ações voltadas
para o desenvolvimento sustentável
e a valorização de suas culturas”,
salientou.
A proposta é que
a instituição trabalhe de forma
articulada em defesa dos direitos dos povos
indígenas, em redes de colaboração
entre as unidades regionais e a sede, além
de aperfeiçoar a instância de
participação indígena
na gestão: os Comitês Regionais.
A Funai também buscará maior
aproximação com outros órgãos
que implementam a política indigenista,
como os Ministérios da Educação,
da Saúde e do Desenvolvimento Social,
entre outros.
A metodologia de trabalho
para a elaboração conjunta do
Plano de Ação da Funai foi elaborada
pela própria instituição
e recebeu apoio do Ministério da Justiça
para a realização das oficinas
de planejamento. Segundo o Diretor de Administração
e Gestão, Antônio Carlos Paiva
Futuro, o maior desafio do trabalho foi a
diversidade e capilaridade do órgão.
“Foi preciso elaborar um modelo de gestão
que pudesse dar conta desse desafio”, explicou,
ressaltando que o processo estará em
constante aperfeiçoamento e pedindo
que as equipes mantenham a integração
iniciada para o alcance dos objetivos.
O Coodenador Regional de
Cacoal (RO), Urariwe Suruí, considerou
muito positiva a integração
alcançada nos trabalhos de grupo e
nas plenárias. “Nós conseguimos
nos ver no todo e visualizar a dimensão
da atuação da Funai. Vamos voltar
à Coordenação Regional
e trabalhar adequando nossas ações
ao novo modelo”. Para ele, o fato de definir
os projetos e ações consultando
diretamente os coordenadores-gerais de cada
área da sede facilita e torna mais
ágil a sua execução.
“Isso demonstra que a Funai está buscando
eficiência na sua atuação”,
concluiu.
João Batista Catalano,
coordenador substituto da Frente de Proteção
Etnoambiental Yanomami, já tinha participado
de duas oficinas de planejamento em anos anteriores.
Segundo ele, esta superou as outras duas,
em organização e em termos de
integração de equipes. “Conhecer
as outras Frentes e se comunicar com elas,
em vez de cada uma fazer um planejamento isolado,
dá uma certa tranquilidade para trabalhar.
Foi um momento também de levar os anseios
vividos na ponta. O fato de mostrar nossas
necessidades para as várias coordenações-gerais,
que têm papéis diferentes, com
assuntos relacionadas a ministérios
diferentes, e pactuar ações
dá um norte para nosso trabalho”. Catalano
disse ainda que a equipe tirou bastante proveito
do encontro e saiu com clareza de que o planejamento
não é fechado e que as adaptações
necessárias poderão ser feitas
durante o ano.