Brasília (28/06/2013)
– A Floresta Nacional (Flona) de Capão
Bonito, em São Paulo, realiza pesquisa
sobre avaliação da variabilidade
genética em populações
de mico-leão-preto. O estudo é
feito pelo mestrando Lucas Tadeu Peloggia
Caldano, da Universidade
Federal de São Carlos (UFSCar), com
participação da Fundação
Parque Zoológico de São Paulo
e do Instituto de Pesquisas Ecológicas.
A Flona é gerida pelo Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio)
O mico-leão-preto
(Leontopithecuschrysopygus, Mikan, 1823) está
classificado na categoria de criticamente
ameaçada no Livro Vermelho da Fauna,
do Ministério do Meio Ambiente. A espécie
distribuía-se originalmente em toda
a área que se estende ao longo da margem
norte do rio Paranapanema, a oeste até
o rio Paraná, e entre o alto rio Paranapanema
e alto rio Tietê, no estado de São
Paulo.
A bacia do Alto Paranapanema,
mais especificamente a bacia do Rio Apiaí-Guaçu,
foi eleita como prioritária para a
conservação do mico-leão-preto
e seu habitat. Estimativas populacionais apontam
a existência de até 22 grupos
do animal na região de Buri, o que
poderá representar a segunda maior
população conhecida para a espécie
(Saddy-Martins et al., 2008).
A Floresta Nacional de Capão
Bonito faz interface com o rio Apiaí-mirim,
que é tributário do rio Apiaí-guaçu.
A pesquisa contribui para as iniciativas listadas
no Plano de Ação Nacional para
a Conservação dos Mamíferos
da Mata Atlântica Central que tem essa
espécie, além de outras, como
prioridade.
Leilão de pinus
Na segunda semana deste
mês, a Flona de Capão Bonito
realizou leilão da espécie exótica
Pinus elliottii, conforme edital publicado
pelo Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade (ICMBio). O lote de Pinus
foi arrematado na quinta-feira, 13 de junho,
por uma empresa da região.
De acordo com o edital de
leilão nº 4, de 2013, a empresa
poderá realizar o corte de 1.178 árvores,
pelo período de seis meses. A ação
irá gerar uma arrecadação
de R$ 173.166,00 ao ICMBio. Ainda, de acordo
com o edital, a empresa responde por todos
os ônus referente ao corte e transporte
da madeira, bem como pelos encargos sociais,
previdenciários, trabalhistas, fiscais,
taxas, impostos e demais exigências
legais, como, entre outros, os equipamentos
de proteção individual.
A elaboração
do projeto básico e os levantamentos
iniciais para subsidiar a venda da madeira
foram realizados pelos servidores da unidade
e, ainda, com a colaboração
voluntária do engenheiro florestal
aposentado da Flona, Sr. Roberto Figueiredo
Barbosa.
A supervisão
do processo foi realizada pela Coordenação
Geral de Uso Público e Negócios
(CGEUP), da Diretoria de Criação
e Manejo de Unidades de Conservação
(DIMAN) do ICMBio. Os trabalhos foram dirigidos
pela Comissão Permanente de Licitação
(CPL), formada pelos servidores Irene Ferreira
Martins, Wellyngton Silva Ferreira e Ângela
Maria Rodrigues. A comissão foi acompanhada
pelo chefe da Divisão de Negócios
Florestais da CGEUP/Diman, Jorge Henrique
Moritzen, responsável pela interlocução
técnica entre as empresas interessadas
e o ICMBio.