22/04/2021
– Pesquisadores da Noruega desenvolvem um aplicativo de código
aberto que poderá automatizar o rastreamento de plástico,
definido um modelo que poderá ser utilizado no combate à
poluição.
O aplicativo permitirá que
as pessoas possam fotografar os resíduos plásticos
de um local determinado e descobrir sua origem. Com essa ferramenta
será possível acumular conhecimento sobre a tendência
de consumo de uma região e verificar que tipo de plástico
se acumula naquele espaço. Com o App será provável
que consigamos determinar se os resíduos são agrícolas,
industriais, urbanos e previr quais áreas poderão
se tornar focos de poluição de plástico.
O projeto intitulado de PlastOpol
está sendo desenvolvido na Universidade Norueguesa de Ciência
e Tecnologia (NTNU). A ideia central é criar um banco de
dados para que possa ser utilizado pelas autoridades locais responsáveis
pela coleta do lixo. Segundo Christina Hellevik, uma das pesquisadoras
envolvidas no projeto, a maior parte da limpeza de praias da região
onde mora é feita por voluntários, que fazem a coleta
e registram a origem do plástico de forma manual.
A pesquisadora afirma ainda
que o trabalho de coleta é complexo e registrar manualmente
os resíduos pode desestimular os voluntários. Com
o novo aplicativo eles podem fotografar rapidamente o plástico,
enquanto fazem a coleta, automatizando todo o processo de identificação.
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O projeto intitulado de PlastOpol
está sendo desenvolvido na Universidade Norueguesa de
Ciência e Tecnologia (NTNU). Foto: Pixabay/Reprodução |
A ferramenta permite visualizar
as tendências da poluição e pode indicar onde
organizar as equipes de limpeza, informando inclusive quais são
os principais poluidores. “Um dos objetivos finais é
tornar essas limpezas mais profissionais e também transferir
o fardo para as autoridades”, diz Hellevik.
Desta forma poderemos responsabilizar
os poluidores e cobrar intervenções mais efetivas
dos governos para a formulação de novas políticas
ambientais. O projeto está sendo desenvolvido em parceria
com a Autoridade Portuária da Região de Ålesund,
Condado de Møre og Romsdal e Município de Ålesund,
mas o aplicativo poderá ser usado em uma escala maior e com
uso público em 2022. “Esperamos que, em um projeto
mais amplo, possamos conectar o modelo de previsão com o
aplicativo e criar uma ferramenta completa para ser usada por pessoas
em todo o mundo”, diz Hellevik.
O movimento Plastic
no Thanks acredita que novas tecnologias são
fundamentais para o rastreamento do lixo plástico e desta
forma facilitar a coleta e definir melhor sua destinação.
A realidade no Brasil é bem diferente, mas o conceito do
aplicativo pode ser útil em muitas partes do planeta.
Da redação, com informações
de agências internacionais
Fotos: Pixabay/Reprodução |