28/01/2023
– Novo estudo revela que sociedade ainda não se convenceu
que o plástico de uso único tornou-se um desafio ambiental
gigantesco para a humanidade. Quantidade crescente na produção,
consumo e descarte inadequado mostra que o planeta ainda não
caminha para uma solução viável.
Segundo o relatório, a quantidade
de microplásticos nos oceanos triplicou em 20 anos. Os microplásticos
são fragmentos minúsculos que dificilmente podem ser
vistos pelo olho humano e que se acumulam no fundo mar, em profundidades
acima de 100 metros, causando impactos na fauna marinha. Os pesquisadores
creditam esses números ao aumento do consumo da sociedade
por embalagens plásticas, principalmente aquelas de uso único,
como sacolas, garrafas e invólucros de alimentos, produtos
de limpeza e de higiene pessoal.
Os pesquisadores analisaram cinco
áreas de sedimentos retirados do Mar das Baleares, entre
o leste da Espanha e o sul da França, em novembro de 2019.
Em cada ponto de 37 centímetros de comprimento, avaliou-se
a presença de microplásticos, desde 1965, quando se
iniciou a produção de plásticos no mundo, de
forma mais intensiva. Os resultados do estudo foram publicados na
revista científica Environmental Science and Technology.
A pesquisa revelou que desde a virada
do milênio, triplicou-se a quantidade de microplásticos
no mar. Segundo os cientistas da Universitat Autònoma de
Barcelona (ICTA-UAB), na Espanha e do Departamento do Ambiente Construído
da Universidade de Aalborg (AAU-BUILD), na Dinamarca, um dos pontos
preocupantes é a inalteração dos minúsculos
resíduos de plásticos, desde seu descarte, há
décadas.
Segundo os autores do estudo, uma
vez depositados no fundo do mar, esses microplásticos não
se degradam pela ausência de oxigênio e luz, por exemplo.
“Uma vez depositados, a degradação é
mínima, então os plásticos da década
de 1960 permanecem no fundo do mar, deixando a marca da poluição
humana lá”, disseram, em comunicado, os cientistas.
Da Redação, com informações
de agências de notícias
Foto: Reprodução/Unsplash
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