31/01/2023
– A União Europeia anunciou planos para redução
do desperdício de plástico de uso único de
embalagens. Novos projetos querem regulamentar, por exemplo, pequenos
frascos de shampoo, copos e pratos descartáveis. Ações
para reciclagem também devem se ampliar na cadeia produtiva
do continente.
Setor de serviço na Europa
como hotéis, restaurantes e cafés podem ser os primeiros
estabelecimentos a ter que se adaptar para banir os conhecidos mini
shampoos e os utensílios descartáveis como copos de
plástico descartável. O novo projeto de regulamentação
da UE pretender reduzir a grande quantidade de resíduos produzida
na região. O plano também prevê uma logística
reversa que possa atender a devolução de garrafas
plásticas e latas de alumínio. Prevê ainda um
novo protocolo para empresas de comércio eletrônico
que embalam pequenos produtos em caixas muito maiores que a necessidade.
As novas regras precisam passar pelo
conselho de membros da EU e pelo Parlamento Europeu. Segundo integrantes
da UE, cerca de 40% dos novos plásticos e 50% do papel usado
em embalagens são usados uma única vez. Uma lei de
2019, aprovada pela comunidade europeia, já havia proibido
o uso e distribuição de itens de plástico como
talheres, canudos e mexedores. Agora o foco serão as embalagens.
Levantamentos indicam que o europeu
médio gere cerca de 180 kg de resíduos de embalagens
por ano. Esse consumo pode aumentar 19% até 2030, se nada
for feito. A UE precisaria reduzir o desperdício de embalagens
per capita em 15% até 2040, em relação aos
números de 2018, se quiser atingir as metas. Autoridades
acreditam que novas regras serão fundamentais para realinhar
essa cadeia produtiva.
Até 2040, restaurantes serão
obrigados a servir em embalagens recicláveis, um prazo bastante
distante para uma sociedade que pretende reverter impactos ambientais.
A Comissão envolvida pretende ainda acabar com a discussão
sobre o que é a reciclagem com o uso de novos rótulos
que possa esclarecer ao consumidor o tipo de material e como ele
deve ser descartado. Nesse sentido, uma lei adicional pretende determinar
o que são produtos “de base biológica”,
“biodegradável” ou “compostável”.
Essas iniciativas também podem combater o greenwashing, prática
de empresas que divulgam ações ambientais, mas na
realidade praticam o contrário ou sequer fazem algo.
A União Europeia tem um longo
caminho para a redução de seus resíduos e a
velocidade empregada nas ações não parece satisfatória,
em relação a estes desafios.
Da Redação, com informações de agências
de notícias
Foto: Reprodução/Pixabay
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