01/02/2023
– Segundo a Organização das Nações
Unidas – ONU, a cada ano, cerca de 11 milhões de toneladas
de resíduos plásticos são despejados nos oceanos.
Se nada for feito, essa quantidade pode triplicar até 2040.
Por esse motivo diversos governos se encontraram em Punta del Este,
no Uruguai, no fim de 2022 para buscar alternativas para reduzir
ou erradicar esse gigantesco problema ambiental.
A frente dessas negociações
está o Comitê Intergovernamental de Negociação
(INC, na sigla em inglês) da ONU. Grupos de trabalho buscam
consenso para um acordo global que resolva a poluição
por plásticos, sobretudo aqueles de uso único.
“Sabemos que o mundo é
viciado em plástico. O mundo criou uma crise do plástico.
E os plásticos têm efeitos nocivos para a saúde,
deixam uma grande pegada… Mas esta não é uma
guerra contra o plástico em si, é uma guerra contra
o plástico no meio ambiente”, disse a secretária-geral
adjunta das Nações Unidas e diretora-executiva do
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA),
Inger Andersen, em entrevista coletiva.
As dimensões gigantescas e
globais do problema fizeram com que a ONU, por meio da Assembleia
das Nações Unidas para o Meio Ambiente, criasse o
INC para debater os desafios e as soluções que todos
os países contribuem e enfrentam. O Comitê tem o objetivo
de elaborar um marco regulatório que tenha vinculo jurídico
internacional até 2024. Segundo a ONU, esse novo acordo seria
a maior iniciativa ambiental, desde o Acordo de Paris, voltado para
a crise climática, em 2015.
Representantes de 193 países
se reuniram no Uruguai para juntos buscarem soluções
para a redução dos resíduos plásticos
descartados no meio ambiente, afetando toda a biodiversidade e a
própria vida humana. Para Andersen, o desafio é imenso,
mas acredita ser possível chegar a um acordo no prazo de
dois anos, mas para isso precisamos que todos se comprometam, incluindo
governos, produtores e marcas responsáveis por essa disseminação
do plástico. Todos os membros da ONU fazem um “chamado
à ação para se levar em conta todo o ciclo
de vida dos plásticos”, diz.
“Isso quer dizer que devemos
trabalhar junto com o setor privado, com a comunidade, com os defensores
do meio ambiente, com lideranças políticas, para continuar
construindo o caminho a seguir”, disse Andersen durante coletiva.
Segundo a ONU, os plásticos representam pelo menos 85% do
lixo marinho. A poluição assusta, a cada minuto, o
volume equivalente a um caminhão de lixo é despejado
nos oceanos. Se não conseguirmos interromper esse fluxo,
em 2040, poderemos ter 50 quilos de resíduos plásticos
por cada metro da costa em todo o planeta.
Da Redação, com
informações de agências de notícias
Fotos: Reprodução/Unsplash
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