07/02/2023
– Pesquisa realizada pela Ipsos, em 34 países e divulgada
por organizações do terceiro setor mostra que sete
a cada dez pessoas entendem que o novo tratado deve apresentar regras
globais obrigatórias.
O levantamento solicitado pela WWF
e a Plastic Free Foundation mostra que Estados membros da ONU estão
declinados a atender demandas mais restritivas para combater a poluição
por plástico, ao invés de ações voluntárias
dos países. Apesar de algumas nações ainda
entenderem que as diretrizes do tratado não devam ser vinculativas,
a pesquisa mostra que existe pouco apoio por acordos voluntários,
que já mostraram ser menos eficientes. Apenas 14% dos entrevistados
acreditam em soluções voluntárias. A maioria
prefere medidas obrigatórias, oito em cada dez apoiam medidas
vinculativas para proibição de plásticos mais
difíceis de reciclar e novas formas de rotulagem.
Segundo as ONGs, 23.029 pessoas foram
consultadas de forma online e pela primeira vez foi perguntado como
o tratado global deve ser norteado para regulamentar a produção,
o consumo, descarte e a reciclagem. Entre os países que fizeram
parte da pesquisa, está a Colômbia, onde mais de 80%
das pessoas afirmam que é muito importante banir os plásticos
de uso único ou descartáveis. Indicam ainda, que plásticos
difíceis de reciclar também devem ser proibidos; que
a cadeia produtiva, com fabricantes e varejistas, deve ser responsabilizada
pela redução, reutilização e reciclagem
das embalagens; e que os produtos precisam ter rótulos claros
sobre sua destinação.
Segundo a ONU, as tratativas do Comitê
Intergovernamental de Negociação devem se estender
até 2024. Dados indicam a urgência do tema. No período
de dois anos, a quantidade de resíduos plásticos no
oceano deve aumentar em 15%. Estudos já encontraram lixo
plástico em ambientes com mais de 2.000 espécies de
animais, estima-se que 90% de espécies marinhas sofram com
essa poluição.
Se não houver um acordo global
sobre a poluição plástica o problema vai aumentar
até o ponto de inviabilizar ambientes, afetar mortalmente
cadeias inteiras de animais e a saúde humana também
estará em risco constante. O Tratado dos Plásticos
pode ser nossa última chance.
Da Redação, com
informações de agências de notícias.
Foto: Reprodução/Pixabay
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