04/03/2023
– O planeta espera que até 2024 tenhamos um novo tratado
sobre a poluição por plástico. Países
membros das Organizações das Nações
Unidas – ONU têm se reunido para discutir as ameaças
e os desafios para mitigar os plásticos no meio ambiente.
Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o
Meio Ambiente – PNUMA, a humanidade produz cerca de 460 milhões
de toneladas de plástico por ano, e se nada for feito esse
número será três vezes maior em 2060.
Na Assembleia do Meio Ambiente das
Nações Unidas, realizada em março de 2022,
em Nairóbi, capital do Quênia, os países membros
aprovaram uma resolução histórica que promete
acabar com a poluição plástica no mundo.
O novo tratado que deve ser juridicamente
vinculativo aborda toda a cadeia do plástico, da produção,
consumo, descarte, reciclagem e reutilização, incluindo
novas tecnologias. O documento também prevê o reconhecimento
dos trabalhadores que atuam diretamente na coleta e reciclagem destes
resíduos. Produção sustentável, novos
formatos e a gestão dos resíduos, com referência
a economia circular deve figurar como destaque na nova legislação
global.
Segundo o PNUMA, 46% dos resíduos
são descartados em aterros sanitários e lixões,
22% são tratados como lixo comum, 17% são incinerados
e apenas 15% chegam a ser coletados, contudo, somente 9% são
de fato reciclados, um número muito abaixo no mínimo
razoável, frente ao tamanho na produção.
Desde 1980, a poluição
plástica nos oceanos aumentou dez vezes impactando de forma
severa a vida selvagem. Estima-se que 86% das tartarugas marinhas,
44% das aves marinhas e 43% dos mamíferos marinhos são
afetados.
Segundo relatório do PNUMA,
mais de 14 milhões de toneladas de plástico chegam
aos ecossistemas marinhos todos os anos. A poluição
plástica também tem forte impacto sobre o efeito estufa,
sua matéria-prima é fóssil e corresponde a
15% do total de emissões projetadas até 2050, prazo
que a humanidade precisa limitar o aquecimento global em 1,5°C.
Da Redação, com informações
de agências de notícias.
Foto: Reprodução/Pixabay
|