27/04/2023
– Nos quatorze capítulos do livro, os autores discorrem
sobre a presença de plásticos nos rios, mares e mangue,
fornecendo exemplos de experimentos realizados em laboratório
ou in situ.
Pesquisadores do grupo coordenado
pelo bolsista de Produtividade em Pesquisa (PQ) do Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
e docente do Departamento de Ecologia Geral, do Instituto de Biociências
da Universidade de São Paulo (USP), Marcelo Luiz Martins
Pompêo, lançaram este mês o livro Microplásticos
nos ecossistemas: impactos e soluções.
A obra, que está disponibilizada
em formato PDF e pode ser baixada de forma gratuita, cobre uma lacuna
na literatura nacional, escassa em pesquisas sobre o tema no Brasil,
em especial sobre os ecossistemas de água doce. De acordo
com o professor Marcelo Pompêo, o objetivo dos pesquisadores
com a obra foi o de ampliar a discussão sobre o tema. “Sem
dúvida, os plásticos já são um dos mais
importantes poluentes mundiais”, afirma ele. Além do
professor Pompêo, assinam o livro a também bolsista
de PQ do CNPq, professora Teresa Cristina Brazil de Paiva, da Escola
de Engenharia de Lorena/USP, e Bárbara Rani-Borges, doutoranda
em Ciências Ambientais da Universidade Estadual Paulista Júlio
de Mesquita Filho (UNESP).
Nos quatorze capítulos do livro,
os autores discorrem sobre a presença de plásticos
nos rios, mares e mangue, fornecendo exemplos de experimentos realizados
em laboratório ou in situ. Começando por um tratamento
introdutório sobre microplásticos, os autores discutem
na obra protocolo para a recuperação e caracterização
de microplásticos de matrizes ambientais; os impactos dos
microplásticos sobre a biota de ecossistemas costeiros e
marinhos e em sedimentos de rios; análises da ocorrência
de resíduos plásticos em estudos de caso específico
e em sistemas de água doce; os microplásticos como
transportadores de poluentes e vetores de metais em ecossistemas
aquáticos de água doce; e a poluição
por microplásticos em manguezais, entre outros temas.
Estudos recentes sugerem que dar prosseguimento
ao uso generalizado de plásticos, além do pouco cuidado
demonstrado no que se refere ao adequado reuso ou ao seu descarte,
podem fazer com que o plástico seja o maior contaminante
ambiental do planeta. No país, ainda não há
qualquer legislação que determine o monitoramento
de resíduos plásticos em ecossistemas e que possibilite,
assim, a avaliação de seu impacto para a qualidade
desses ecossistemas, da vida da biota e dos seres humanos. No prefácio
do livro, os autores atentam para a necessidade de criação
de leis nacionais e internacionais que, além do acompanhamento
dos impactos no meio ambiente, proponham formas de reuso e de descarte
adequado. Fonte: CNPQ.
Acesse
a publicação.
Da Redação, com informações
Do Jornal da USP/CNPQ/Governo Federal
Foto: Reprodução/Pixabay
|