14/08/2023
– Um novo estudo indica que cirurgias cardíacas podem
causar a introdução de microplásticos no tecido
do coração, mas essa não é a única
maneira do ser humano contaminar-se com partículas minúsculas
de plástico. Pesquisas já encontraram microplásticos
nos pulmões, fezes e até em placentas.
A pesquisa publicada na revista científica
Environmental Science & Technology, informa que os cientistas
coletaram amostras de tecido cardíaco de 15 pacientes, durante
as cirurgias no coração. Amostras de sangue também
foram coletadas em metade dos pacientes que participaram do estudo.
Os pesquisadores do Capital Medical University, na China, analisaram
as amostras, a partir de imagens infravermelhas diretas a laser
e por meio de microscopia eletrônica de varredura.
As partículas com menos de
5 mm de largura que são consideradas microplásticos
não foram encontradas em todas as amostras de tecido cardíaco.
Contudo, nove formas de partículas com 20 a 500 micrômetros
de largura estavam presentes em cinco amostras de tecido cardíaco.
Entre os fragmentos estão tereftalato de polietileno, cloreto
de polivinila e metacrilato de metila.
No caso das amostras sanguíneas
e pós-operatórias, os pesquisadores encontraram microplásticos
de noves tipos diferentes, com diâmetro máximo de 184
micrômetros. Segundos os cientistas, o padrão médio
dos fragmentos foi reduzido, isso pode indicar que a contaminação
pode ter ocorrido durante as operações.
A pesquisa indica ainda que a ocorrência
de metilmetacrilato em três partes do coração:
tecido adiposo pericárdico, apêndice atrial esquerdo
e tecido adiposo epicárdico, pode significar que a contaminação
não ocorreu durante a cirurgia e que esses fragmentos já
poderiam estar no organismo dos pacientes. É importante destacar
que o estudo contou com um pequeno número de voluntários,
mas os resultados indicam um caminho para novas pesquisas que mostrem
como os microplásticos estão afetando a saúde
humana.
Da Redação, com
informações de agências de notícias
Foto: Reprodução/Pixabay
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