25/08/2023
– Produção gigantesca, consumo desenfreado,
descarte inadequado, baixa taxa de reciclagem é fórmula
que tornou o plástico, sobretudo, aquele de uso único
um dos maiores problemas ambientais da atualidade e ainda contribui
para as mudanças climáticas.
Segundo a fundação australiana
Minderoo, apenas 20 companhias são responsáveis por
mais da metade dos resíduos plásticos no mundo. Maioria
das empresas é do setor energético e petroquímico.
Os chamados plásticos de uso único ou descartáveis
vão desde copos, talheres e pratos até máscaras,
sacolinhas e equipamentos médicos que são produzidos
a partir de polímeros oriundos de combustíveis fósseis.
Esse tipo de material tem baixo percentual
de reciclagem, pouco valor no mercado, em relação
a outras matérias-primas, como o alumínio por exemplo.
Desta forma, boa parte desses resíduos é descartada
de maneira inadequada e interrompendo uma cadeia circular. Estima-se
que apenas 10% a 15% da produção de plástico
são recicladas. As três primeiras empresas do ranking
são as americanas ExxonMobil e Dow; e a chinesa Sinopec.
Em nono lugar está a brasileira Braskem.
Segundo o relatório da Fundação
Minderoo, 60% do financiamento destas empresas são de 20
bancos com capilaridade global. Desde 2011, esses empréstimos
já somam quase 30 bilhões de dólares. Na mesma
intensidade tem sido o descarte de produtos de plástico de
uso único. Em 2019, foram 130 milhões de toneladas
métricas de plásticos descartáveis, onde 19%
foram jogados sem nenhum tratamento na natureza, 35% foram simplesmente
incinerados e outros 31% foram para aterros sanitários.
A fundação estima que
a produção deve aumentar até 30% nos próximos
cinco anos. Além dos resíduos, a produção
também incrementa as emissões de gases de efeito estufa.
Até 2050 a produção de plástico de uso
único pode contribuir de 5% a 10% com todas as emissões.
A Minderoo entende que as empresas petroquímicas devem ser
obrigadas a divulgar sua “pegada de resíduos plásticos”
e se comprometerem em ampliar a reciclagem e manter uma cadeia circular.
Seria um bom começo.
Da Redação, com informações de agências
internacionais
Foto: Reprodução/Pixabay
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