29/08/2023
– Pesquisadores das Universidades de York e da Tasmânia
revelam que uma nova crise de resíduos se apresentará
com a pandemia da Covid-19. Só no Reino Unido, cerca de 14
milhões de kits de proteção individual foram
fornecidos aos hospitais todos os dias no auge da pandemia. Sendo
360 milhões de luvas, 158 milhões de máscaras
e 135 milhões de aventais.
Os autores da pesquisa acreditam que
seja, ainda que de maneira catastrófica para a humanidade,
uma oportunidade única para que se usem políticas
ambientais para conscientizar as futuras gerações
sobre a poluição de resíduos.
John Schofield, professor do Departamento
de Arqueologia da Universidade de York, afirma que a humanidade
é responsável. “Como arqueólogos, enfatizamos
o fato de que as ações humanas criaram esse problema”.
Os autores do estudo acreditam que a arqueologia pode contribuir
para soluções, como foco na prevalência e resiliência
da nossa cultura material.
“Compreender os comportamentos
humanos por meio da cultura material que eles deixam para trás
é o que os arqueólogos fazem, seja na pré-história,
no período medieval ou ontem. Achamos que esta abordagem
centrada no objeto fornece uma perspectiva distinta e útil
sobre o problema da poluição ambiental”, afirma
o professor.
Joanna Vince, conferencista sênior
em Política e Relações Internacionais na Universidade
da Tasmânia, também destaca a importância da
arqueologia nessa questão. “Os arqueólogos precisam
estar mais envolvidos no debate público sobre a poluição
por plásticos para informar mais sobre as decisões
políticas. O primeiro passo é para os arqueólogos
aumentarem sua colaboração com especialistas em políticas,
tomadores de decisão do governo e indústria”.
“A máscara facial, como
cultura material que se tornou quase simultaneamente simbólica
em todo o mundo, permitiu-nos refletir sobre este registro arqueológico
de construção através de uma perspectiva multidisciplinar”,
conclui.
Da redação, com
informações de agências internacionais
Fotos: Pixabay/Reprodução
|