29/09/2023
– Pesquisas já haviam indicado como o plástico
tem criado novos habitats para micróbios marinhos, com grande
potencial de patógenos humanos. Agora uma nova pesquisa da
Universidade Macquarie, na Austrália, mostra que produtos
químicos, oriundos da poluição microplástica
marinha, podem modificar a composição de comunidades
microbianas e criar uma resistência sobre esses organismos.
Segundo Sasha Tetu, microbiologista
da Universidade Macquarie, a equipe do estudo misturou amostras
de água do mar com os lixiviados do cloreto de polivinila
(PVC), deste modo, puderam analisar como o DNA das bactérias,
que vivem na água, mudou em um período de seis dias.
Um dos mais comuns plásticos da indústria, o PVC é
utilizado em tubos e conexões e como outros plásticos
liberam aditivos como corantes, metais e estabilizadores, que são
usados para ampliar o desempenho da matéria-prima.
Ainda não se sabe
como e por que as bactérias misturadas ao plástico
têm cada vez mais genes com maior virulência e resistência
antimicrobiana. Segundos os pesquisadores, o efeito é mais
complexo que o aumento comum na resistência a todos os antimicrobianos.
Ao contrário disso, as bactérias apresentaram mais
genes que oferecem resistência à redução
de genes que protegem outros grupos de antibióticos.
Outro ponto destacado
pelos pesquisadores é ao número total de casos de
genes que codificam alguns tipos de virulência, na forma de
mecanismos para reduzir a resposta de um hospedeiro, que aumentou
de maneira significativa. Por outro lado, os genes relacionados
a outras ações lesivas foram reduzidos. Os cientistas
explicam que vários desses genes não estão
relacionados com patógenos humanos, entretanto, explicam
que isso não significa que não sejam um risco para
a saúde humana, serão necessários mais estudos.
Da Redação
com informações de agências de notícias
Fotos: Reprodução/Pixabay
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