10/11/2023
– A quantidade de lixo plástico descartada no meio
ambiente e principalmente nos oceanos vem aumentando a cada ano
de forma exponencial. O mundo precisará reduzir a demanda
e o descarte desses resíduos, mas terá que inovar
e criar alternativas para uma cadeia circular. Nesta lógica,
pesquisas e a tecnologias têm trazido materiais alternativos
como matéria-prima que sejam ecológicas e de baixo
custo.
Com abundância na natureza,
o amido tornou-se um material disponível para a produção
de bioplásticos. Contudo, propriedades térmicas e
físicas têm limitado seu uso, devido à fragilidade
e hidrofilicidade, por exemplo. Para buscar uma solução,
pesquisadores do Laboratório Estatal de Engenharia de Celulose
e Papel, da Universidade de Tecnologia do Sul da China, apresentaram
uma nova pesquisa sobre o tema.
A estratégia é a fabricação
de um modelo de plástico de amido, com base totalmente biológica,
que possa apresentar várias vantagens, como maior flexibilidade,
melhor adaptação térmica, ser à prova
d’água, entre outros benefícios. Os pesquisadores
explicam que o amido natural apresenta alta rigidez por conta da
forte ligação de hidrogênio nas cadeiras moleculares.
Por isso, os cientistas desenvolveram uma maneira de enfraquecer
essas ligações e melhorar a eficiência do amido,
como matéria-prima para o plástico biológico.
Os pesquisadores revelam que o plástico
de amido desenvolvido atingiu a eficiência de autocura de
88% em propriedades mecânicas. Isso torna o produto mais atraente
para o uso na cadeia circular. Plásticos produzidos à
base biológica devem ser tratados como uma importante alternativa.
Referências: Xiaoqian Zhang
et al, Plásticos de amido flexíveis, processáveis
termicamente, autocurativos e totalmente biológicos através
da construção de uma rede dinâmica de iminas,
Green Energy & Environment (2023). DOI: 10.1016/j.gee.2023.08.002
Da Redação, com
informações de agências internacionais
Fotos: Reprodução/Pixabay/Imagem gerada por IA
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