16/11/2023
– Pesquisadores chineses que coletaram amostras no Monte Fuji
e no Monte Oyama indicam que esses microplásticos podem afetar
tudo o que ingerimos. Já encontrado em grandes quantidades
no oceano e no meio ambiente em geral, esse tipo de resíduo
plástico agora chega literalmente às nuvens, diz um
novo estudo publicado na revista científica Environmental
Chemistry Letters.
Os pesquisadores coletaram água
das nuvens que chegam aos picos e analisaram o material para determinar
propriedades químicas e físicas das amostras e encontraram
microplásticos. Ao todo, os cientistas identificaram nove
tipos de polímeros e um material feito de borracha nas amostras
de microplásticos. Em cada litro de água analisada,
encontraram entre 6,7 e 13,9 resíduos plásticos, com
tamanhos que variavam entre 7,1 a 9,6 micrômetros (equivalente
à milésima parte do milímetro).
Segundo Hiroshi Okochi, da Universidade
de Waseda, no Japão, principal autor do estudo, a questão
da poluição atmosférica por microplástico
deve ser tratada de forma efetiva, sob os riscos ecológicos
e a influência das mudanças climáticas e ressalta
o impacto que esses resíduos têm quando atingem a alta
atmosfera e ficam expostos à radiação ultravioleta
da luz solar, que se decompõe e impulsionam a emissão
de gases de efeito estufa.
Os microplásticos que têm
origem em diversos produtos industrializados, como embalagens e
roupas são classificados entre aquelas partículas
menores que 5 milímetros. Já foram encontrados no
gelo Ártico, em montanhas na França e Espanha, em
animais como peixes e até no corpo humano. Os cientistas
querem saber como esses microplásticos chegam a locais tão
distintos e pensam na hipótese de transporte a partir do
mar.
Estudo recente constatou que a quantidade
de microplásticos encontrada no fundo dos oceanos triplicou
nos últimos vinte anos e hoje já são encontrados
a uma profundidade de mais 100 metros
Da Redação, com
informações de agências internacionais
Fotos: Reprodução/Pixabay
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