A poluição por plástico tornou-se uma das questões ambientais mais urgentes do planeta.
Veja o que mundo está fazendo para mudar esse cenário.

 

 
 
 
 

Sustentabilidade: A importância da pegada de carbono na produção de plásticos

Existe uma cobrança para que empresas incluam a pegada de carbono nos impactos causados por seus processos produtivos

 
 

27/06/2024 – Reduzir os impactos negativos ao meio ambiente, não apenas durante o descarte do plástico, mas também em sua fabricação, é o mais novo desafio da indústria. De acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, são produzidas cerca de 400 milhões de toneladas de resíduos plásticos por ano em todo o mundo. Metade destinada à fabricação de embalagens de uso único como, sacolas e embalagens. Estes acabam muitas vezes terminando em aterros, ou despejados em rios e lagos, até chegarem aos oceanos. À medida que vão se degradando acabam sendo ingeridos por diversas formas de vida aquática, e indiretamente até por seres humanos.

No Brasil, a situação é ainda mais preocupante. A cultura de reciclagem é incipiente, não sendo suficiente a existência de programas de reciclagem ou logística reversa. É necessário criar uma cultura de reaproveitamento correto. Já que se considerarmos, por exemplo, o lixo doméstico, boa parte dos itens plásticos, mesmo que separados, não estariam viáveis para serem reciclados, pois muitos destes itens não podem ser reciclados.

No cenário mundial, a indústria tem se empenhado em criar inovações tecnológicas. A União Europeia, em geral, vem estabelecendo novas regras para que as empresas que possuem mercado nos países do bloco tornem suas embalagens mais fáceis de reutilizar e reciclar.

Precisamos lembrar, entretanto, que a substituição imediata do plástico de uso único ainda não é viável. A indústria precisa, entretanto, ver além de fatores como a sua biodegradabilidade. Existe uma cobrança por impactos como a pegada de carbono dos seus processos produtivos, a partir de premissas como, quando e como são fabricados os produtos plásticos, minimizando os impactos negativos ao meio ambiente, não apenas no descarte do resíduo, mas também intervindo durante o seu processo produtivo.

Reprodução/Pixabay

 



A grande mudança envolve criar produtos que caso sejam de uso curto, também tenham impacto curto no meio ambiente. E não mais produzindo itens que são utilizados por cerca de dez minutos e que, depois de descartados, podem durar até 100 anos para desaparecer.

Assim, produtos de uso imediato precisam parar de serem fabricados com embalagens poluentes. Já os que possuem longa durabilidade devido a necessidade de características específicas como grande resistência ao tempo, podem e devem usar embalagens híbridas (aquelas que misturam soluções tradicionais de qualidade com produtos naturais), o que seria uma tentativa para solucionar o dilema da biodegradabilidade e pegada de carbono reduzida. Em todo o mundo vem sendo cada vez mais buscadas soluções sustentáveis, que estejam a serviço do consumidor.

A China, por exemplo, já produz há mais de 30 anos, embalagens a base de bambu e cana de açúcar, que são biodegradáveis. Houve um grande aumento do uso de materiais ecológicos nos últimos anos, com grandes inovações na indústria, que atualmente tem como maior desafio a descarbonização de setores como, como de alimentos e da construção civil.

Muitas destas transformações envolvem o uso de materiais da própria natureza, ou mesmo as propriedades resultantes das combinações destes materiais. A ressignificação de uma função básica ou altamente específica pode gerar uma inovação de aplicação surpreendente, simples e verde. Alternativas ao plástico é uma grande prioridade no mundo todo, para superação dos problemas ambientais globais. Os novos materiais testados possibilitam a mitigação dos impactos do plástico, e a dependência aos recursos não renováveis.

Bioplásticos: materiais provenientes de fontes renováveis como celulose, amido de milho, cana-de-açúcar ou até mesmo algas. Este material possui características similares ao plástico, mas é biodegradável. Outra vantagem está na menor emissão de gases de efeito estufa durante sua produção.

Fibras naturais: possuem como características principais a biodegradabilidade, além de serem oriundas de fontes renováveis. São boas opções sustentáveis para o uso na indústria têxtil. Temos como exemplo o algodão orgânico, cânhamo e juta.
Bambu: material de baixo impacto ambiental, sendo uma alternativa versátil e sustentável, podendo ser usado na fabricação de diversos produtos.

Dados do “Relatório Fechando a torneira: como o mundo pode acabar com a poluição plástica e criar uma economia circular”, produzido pela ONU, destacam que é possível diminuir a poluição plástica em 80% até 2040, a partir de mudanças definitivas nas políticas ambientais e no mercado, que foquem em três princípios básicos de: reutilizar, reciclar, reorientar e diversificar os produtos.

A mudança para os substitutos do plástico, envolve diferentes abordagens, como a educação do consumidor, o desenvolvimento de novas tecnologias e a cooperação entre governos, indústrias e comunidades. Assim será possível criar um futuro mais sustentável.

Da Redação, com informações de agências internacionais
Fotos: Reprodução/Pixabay

 
 
 
     
     
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