04/10/2024
– Os microplásticos, pequenas partículas com
menos de cinco milímetros, estão presentes em grande
parte do que consumimos atualmente. Invisíveis a olho nu,
esses fragmentos podem ser encontrados em alimentos, água,
ar e até em itens do cotidiano, como cosméticos e
roupas. Um estudo da Universidade de Victoria, no Canadá,
revelou que a ingestão dessas partículas varia de
74 mil a 121 mil por ano, dependendo da idade, sexo e hábitos
de consumo.
Embora os impactos dos microplásticos
na saúde humana ainda não sejam completamente compreendidos,
há indícios de que eles podem estar associados a diversas
condições, como doenças cardiovasculares, câncer,
desequilíbrio hormonal, problemas no desenvolvimento fetal,
infertilidade e lesões celulares.
Diante dessa realidade, é importante
adotar práticas que possam minimizar a exposição
a esses contaminantes. A seguir, confira oito dicas que podem ajudar
nesse processo:
1. Evite utensílios de plástico
Utensílios de cozinha feitos de plástico, como potes,
garrafas, tábuas de corte e copos, podem transferir microplásticos
para alimentos e bebidas. No caso das tábuas de corte, um
estudo da American Chemical Society (ACS) revelou que elas podem
expor os seres humanos a milhões de microplásticos
de polipropileno por ano. Sempre que possível, prefira utensílios
de vidro, silicone ou aço inoxidável.
2. Evite aquecer recipientes plásticos
no micro-ondas
O aquecimento de recipientes plásticos no micro-ondas pode
liberar quantidades significativas de microplásticos nos
alimentos. Uma pesquisa da Universidade de Nebraska-Lincoln, nos
Estados Unidos, identificou até 4 milhões de microplásticos
por centímetro quadrado em certos alimentos para bebês
embalados em plástico e aquecidos dessa forma.
3. Substitua alimentos enlatados e
embalados em plástico
As latas geralmente são revestidas com produtos químicos,
como o Bisfenol A (BPA), que pode contaminar os alimentos. Alimentos
embalados em plástico também têm risco de contaminação
por microplásticos. Sempre que possível, evite enlatados
e alimentos embalados em plástico.
4. Filtre a água que consome
Tanto a água engarrafada quanto a água da torneira
podem conter microplásticos. O uso de filtros de alta qualidade
e certificados pode ajudar a remover essas partículas da
água que será consumida ou utilizada no preparo dos
alimentos.
5. Reduza o consumo de frutos do mar
Mariscos, mexilhões, ostras e vieiras tendem a acumular microplásticos
da água, que acabam sendo ingeridos por quem consome esses
alimentos. Opte por peixes selvagens e frutos do mar de fontes confiáveis
e que utilizem práticas de pesca sustentáveis.
6. Escolha chás sem saquinhos
plásticos
Muitas marcas de chá utilizam plástico nos saquinhos,
e o material pode passar para a bebida quando a água quente
é adicionada. Prefira chás em saquinhos de algodão
ou linho orgânicos ou opte por adquirir as folhas naturais
de chá e utilize um coador de metal.
7. Opte por alimentos frescos e integrais
Uma dieta rica em alimentos frescos, como frutas, vegetais, grãos,
feijões, nozes, ovos e carnes, especialmente os que não
são vendidos em embalagens plásticas, pode ajudar
a reduzir a exposição a microplásticos.
8. Prefira produtos naturais
Roupas feitas de fibras naturais, como algodão, lã
e linho, liberam menos microplásticos em comparação
aos tecidos sintéticos. No caso de produtos de limpeza, muitas
opções contêm elementos plásticos, por
isso, o vinagre e o bicarbonato de sódio são boas
alternativas. Quanto aos cosméticos, verifique os rótulos
para garantir que não contenham microplásticos adicionados,
como politetrafluoretileno (PTFE) ou polietileno (PE).
Ao adotar essas práticas, é
possível reduzir a exposição diária
aos microplásticos, minimizando assim os riscos potenciais
à saúde e ao meio ambiente.
Da Redação, com
informações de agências de notícias
Fotos: Reprodução/Pixabay
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