14/11/2024
– A poluição por microplásticos, já
reconhecida como um problema ambiental global, agora desperta preocupações
mais profundas sobre seus impactos na saúde humana, especialmente
no que diz respeito à fertilidade masculina. Três estudos
realizados na China, Estados Unidos e Itália detectaram a
presença de microplásticos em testículos e
sêmen humanos, sugerindo que essas partículas podem
estar interferindo no processo reprodutivo.
Na pesquisa chinesa, publicada na
revista Science of the Total Environment, os cientistas identificaram
uma alta concentração de microplásticos nos
testículos, com predominância de poliestireno (PS),
além de polietileno (PE) e policloreto de vinila (PVC) no
sêmen. As amostras analisadas revelaram uma média de
11,60 ± 15,52 partículas por grama nos testículos
e 0,23 ± 0,45 partículas por mililitro no sêmen,
levantando preocupações sobre os efeitos dessas substâncias
na fertilidade.
Nos Estados Unidos, um estudo divulgado
na Toxicological Sciences analisou 23 testículos humanos
e encontrou microplásticos em todas as amostras, com uma
concentração média de 330 microgramas por grama
de tecido. As amostras foram coletadas post-mortem de homens com
idades entre 16 e 88 anos. Os pesquisadores destacaram que a geração
mais jovem pode estar em maior risco devido ao aumento da poluição
plástica no ambiente.
Já na Itália, a investigação
realizada na região da Campânia detectou microplásticos
no sêmen de 6 das 10 amostras coletadas de jovens entre 18
e 35 anos. Esses resultados sugerem que a poluição
plástica, particularmente em áreas altamente contaminadas,
pode estar contribuindo para o declínio na qualidade seminal
observado nas últimas décadas.
A crescente presença de microplásticos
no corpo humano, que já foi identificada em estudos anteriores
em sangue, placenta e leite materno, levanta questões urgentes
sobre os potenciais efeitos adversos à saúde. Embora
o impacto completo ainda não seja totalmente compreendido,
já existem evidências de que essas partículas
podem causar danos às células humanas em ambientes
laboratoriais.
Estudos adicionais em animais reforçam
essas preocupações, mostrando que a exposição
aos microplásticos pode levar a uma diminuição
na contagem de espermatozoides, além de anormalidades e perturbações
hormonais. Diante desses achados, os especialistas enfatizam a necessidade
urgente de intervenções para reduzir a poluição
plástica e mitigar seus impactos sobre a saúde reprodutiva
e o meio ambiente.
Da Redação, com
informações de agências de notícias
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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