27/05/2025
– Um estudo publicado no Journal of Marketing Research revelou
que, mesmo após a revogação de regulamentações
para reduzir o uso de sacolas plásticas descartáveis
em supermercados de Austin e Dallas, Texas, os comportamentos incentivados
por essas políticas continuaram. Coautor e professor de marketing
da UC Riverside, Hai Che, o estudo concluiu que, embora algumas
mudanças persistentes fossem positivas, outras não
tiveram efeitos benéficos para o meio ambiente, mostrando
que os impactos de políticas ambientais podem durar além
de sua implementação.
Che e seus coautores descobriram que,
após a proibição de sacolas plásticas
gratuitas em lojas de Austin e Dallas, as vendas de sacolas plásticas
aumentaram, conforme indicado pelos dados de scanners de código
de barras. No entanto, as regras também pareceram promover
mudanças positivas no comportamento dos consumidores, como
a adoção de sacolas reutilizáveis de lona ou
estopa para as compras diárias, embora esses dados específicos
não estivessem disponíveis para os pesquisadores.
O estudo revelou que, quanto mais
tempo uma política ambiental está em vigor, mais tempo
os comportamentos incentivados por ela persistem. Em Dallas, após
a imposição de uma taxa de 5 centavos por sacola descartável
em 2015, as vendas de sacolas plásticas caíram drasticamente,
mas retornaram aos níveis anteriores à política
após 13 meses, quando a taxa foi revogada devido a processos
judiciais. Em Austin, a proibição de sacolas plásticas
descartáveis foi implementada em 2013 e permaneceu em vigor
por cinco anos, até ser revogada em 2018, quando a Suprema
Corte do Texas decidiu sobre um caso semelhante.
Após a revogação
da política, o uso de sacolas plásticas diminuiu gradualmente,
mas não retornou aos níveis anteriores após
18 meses, encerrando o período de análise dos pesquisadores.
Mesmo assim, o uso de sacolas ainda estava 38,6% acima da linha
de base no fim do estudo. Para avaliar o impacto ambiental, a equipe
realizou uma "análise de ponto de equilíbrio"
para verificar se a política, apesar de seus efeitos colaterais
negativos, reduziu o desperdício de plástico, calculando
quantas sacolas descartáveis os consumidores precisariam
deixar de usar para compensar o aumento na compra de sacos de lixo.
Em Dallas, para atingir o ponto de
equilíbrio ambiental, os consumidores precisariam usar uma
sacola a menos a cada sete viagens, enquanto em Austin seria necessário
reduzir uma sacola a cada cinco viagens. O estudo, coautorado por
Hai Che, professor de marketing da Universidade da Califórnia
em Riverside (UC Riverside), Dinesh Puranam, da Marshall School
of Business da Universidade do Sul da Califórnia (USC), Sungjin
Kim, da Rutgers Business School da Universidade Rutgers, e Jihoon
Hong, da WP Carey School of Business da Universidade Estadual do
Arizona (ASU), destaca as consequências não intencionais
das políticas ambientais, oferecendo insights que vão
além do uso de sacolas plásticas e contribuindo para
o entendimento das implicações dessas políticas.
Da Redação, com informações
de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de Inteligência
Artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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